Peugeot renova 2008 com dianteira mais SUV

Com redesenho desenvolvido no Brasil e versões só com câmbio automático, expectativa é vender 30% mais

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Peugeot renova 2008Peugeot renova 2008

Peugeot renova 2008 – Com o novo desenho dianteiro desenvolvido no Brasil em 60 mil horas de trabalho do Latin America Tech Center do Grupo PSA, que confere um visual mais SUV ao carro, a Peugeot espera elevar em cerca de 30% as vendas do 2008. Lançado na Europa em 2013 e fabricado em Porto Real (RJ) desde 2015, o utilitário esportivo compacto da marca francesa ganhou capô mais alto e grade dianteira maior, assim ficou mais parecido com seus irmãos importados e maiores 3008 e 5008, dos quais espera emprestar o mesmo sucesso.

A Peugeot reconfigurou “para cima” a gama de versões do 2008, em quatro opções mais bem equipadas, que passam a ser vendidas no mercado brasileiro unicamente com câmbio automático de seis velocidades, incluindo o modelo com motor turbo até agora só disponível com caixa manual – era um contrassenso para o topo de linha, que por esse motivo representava meros 8% das vendas do SUV compacto.

A estratégia

Segundo o diretor de marketing das marcas do Grupo PSA no Brasil (Peugeot, Citroën e DS), Antoine Gaston-Breton, a estratégia é alinhar o 2008 com os seus dois irmãos importados e bem-sucedidos, criando assim uma oferta completa de SUVs, partindo do compacto que agora varia de R$ 70 mil a R$ 100 mil, passando pelo médio 3008 de R$ 140 mil a R$ 167 mil e chegando ao 5008, de sete lugares, por R$ 185 mil.

“Queremos que o novo 2008 seja um mini-3008 e conquiste admiração parecida dentro da linha completa de SUVs que oferecemos”, indica Antoine Gaston-Breton.

 

Segundo o executivo, os preços do ano-modelo 2020 do 2008 não subiram, se for considerado o pacote de itens de série: “O que fizemos foi simplificar a gama e agregar mais equipamentos. Temos agora uma linha mais sofisticada, só disponível com câmbio automático. Ao mesmo tempo, quando consideramos o que cada opção do novo 2008 oferece, ele fica mais barato que os concorrentes”, afirma, comparando com outros SUVs compactos como Renault Duster, Nissan Kicks, Chevrolet Tracker, Honda HR-V, Ford EcoSport e Hyundai Creta, todos menos recheados. “Nesta categoria [de SUVs compactos], não existe oferta de modelo automático por menos de R$ 70 mil como a nova opção de entrada do 2008”, destaca Gaston-Breton.


Visual robusto: a mais notória mudança externa do Peugeot 2008 é a grade dianteira maior, para onde migrou o leão símbolo da marca, que antes repousava na ponta do capô

Com a nova gama, a expectativa é que as vendas do 2008 saltem acima das mil unidades por mês, em comparação com o desempenho de 700 a 800/mês verificado nos últimos meses. Dentro de sua categoria, o 2008 vai brigar também com um primo do mesmo Grupo PSA, o Citroën C4 Cactus, que é construído na mesma fábrica sobre a mesma plataforma, tem versões um pouco mais baratas e desde o lançamento há um ano vem aumentando os volumes, chegando a 1,5 mil em abril último. Em muitos casos, o Cactus é vizinho de porta do 2008, pois cerca de 40% das concessionárias do Grupo PSA no País já atuam com Peugeot e Citroën separadas apenas por uma parede. Para a direção da empresa essa configuração, no fim das contas, traz saldo positivo para ambas as marcas.

Dois motores e quatro versões

Todas as versões do novo 2008 são equipadas com o mesmo câmbio automático de seis velocidades fornecido pela japonesa Aisin. As três primeiras opções, Allure, Alure Pack e Griffe AT (em ordem ascendente de preços) usam o motor EC5 1.6 flex aspirado de 118 cavalos. São estas que começam a ser vendidas nas concessionárias da marca esta semana. O topo de linha Griffe THP, que pela primeira vez traz o elástico motor flex turbo de 173 cavalos acoplado à transmissão automática, teve a pré-venda aberta na internet, mas só será entregue aos clientes a partir de novembro.


Por dentro o novo Peugeot 2008 não mudou, continua bem-acabado

Quando todas as versões estiveram disponíveis nas concessionárias, a direção da Peugeot estima que a versão de entrada Allure irá responder por 30% a 40% das vendas, estimuladas na maior parte por estar dentro da faixa de preço destinada a pessoas com deficiência (PcD), que podem comprar o carro com isenção de impostos. Na ponta oposta e superior da gama, o Griffe THP deve representar outros 30% a 40% das vendas. Portanto, as duas versões intermediárias ficam com o resto da demanda, de 20% a 40%.

Versões, preços e pacotes de série

 

● ALLURE – R$ 69.990
Dois airbags frontais e dois laterais; ar-condicionado manual; faróis com guia de luz em LED e DRL; acionamento elétrico de vidros, travas e retrovisores; limitador e regulador de velocidade; volante com comandos integrados; Peugeot Connect Radio com tela de 7″, compatível com Android Auto e Apple CarPlay; rodas de aço 16″ com calotas; barras de teto e moldura nas caixas de roda.

● ALLURE PACK – R$ 79.990
Além dos itens acima da versão Allure, inclui faróis de neblina; volante revestido em couro; câmera de ré; alarme perimétrico; rodas de liga-leve 16″.

● GRIFFE AT – R$ 89.990
Igual a Allure Pack com ar-condicionado digital bi-zone; roda de liga-leve 16″ diamantada; teto de vidro panorâmico; sensor de chuva; sensor de luminosidade.

● GRIFFE THP – R$ 99.990
Equipada com motor turbo THP de 173 cavalos e Grip Control com 5 ajustes manuais para diferentes tipos de piso: padrão, areia, neve, lama ou ESP off (desligamento do controle eletrônico de estabilidade).