Brasil e México
Brasil e México oficializaram na última segunda-feira (18) o fechamento de um acordo de livre-comércio no setor automotivo. Responsável por substituir o regime até então vigente entre os dois países, com cotas máximas de exportação e importação, a nova aliança estabelece que montadoras instaladas nas duas regiões poderão exportar e importar produtos sem qualquer barreira comercial como cotas e imposto de importação.
Neste primeiro momento, a medida vale para apenas para automóveis e comerciais leves (bem como autopeças), sendo prevista para o ano que vem a inclusão de caminhões e ônibus. Além disso, o índice de conteúdo regional passa a ser de 40%.
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Os dois países têm acordo comercial no setor automotivo desde 2002, mas, diferentemente de anos atrás, o Brasil hoje importa mais do que exporta para o México. Além disso, os modelos que desembarcam aqui são mais refinados e tecnológicos, enquanto os enviados a partir daqui são mais baratos e simples. É o caso de Volkswagen Jetta e Tiguan, Chevorlet Tracker e Equinox, Ford Fusion, Audi Q5 e Nissan Sentra, contra Volkswagen Gol e up!, Ford Ka e EcoSport e Renault Duster Oroch. Apesar dos receios, o governo brasileiro acredita que a mudança no acordo só terá impacto sobre o mercado quando a atividade econômica acelerar, já que o volume importado pelo Brasil do México está 14% abaixo do que prevê a cota atual.
O acordo também foi visto como uma manobra do Brasil para pressionar a Argentina a também aceitar o livre-comércio no setor automotivo. Atualmente, o acordo firmado estabelece que para cada US$ 1 importado da Argentina em veículos e autopeças, US$ 1,5 pode ser exportado pelo Brasil livre de imposto de importação.
Fonte: Estadão