Royal Enfield entusiasmada com o Brasil

O editor executivo da MOTOCICLISMO, Ismael Baubeta, entrevistou o diretor-geral da Royal Enfield no Brasil, Claudio Giusti, que contou algumas histórias sobre a marca e seus objetivos para o país. Confira!

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Royal EnfieldRoyal Enfield

MOTOCICLISMO: A Royal Enfield é uma marca centenária nascida na Inglaterra e que agora pertence aos indianos e vende motos em várias partes do mundo. Como surgiu o interesse da marca pelo Brasil?

Claudio Giusti: A Royal Enfield foi fundada em 1901 e poucos sabem que é a marca de veículos que produz continuamente há mais tempo, sendo 118 anos produzindo motocicletas ininterruptamente. A marca nasceu em Redditch, na Inglaterra, e na década de 1950 começou a ser comprada pelo governo indiano.

A partir daí ela passou a ser produzida também na Índia. Na década de 1970 ela parou sua produção na Europa, mas a Europa é um mercado consumidor das motocicletas da Royal Enfield. E por que o Brasil? É simples explicar a importância do Brasil na estratégia da Royal Enfield por que o país representa,para nós que temos o foco nas motos de média cilindrada, entre 250 e 750 cm³, um maior potencial.

 

Além dos continentes europeu e asiático, logicamente, e do Brasil, para que outros países a Royal Enfield exporta suas motos?

Hoje a RE está presente em mais de 50 países, e como subsidiárias estamos somente nos Estados Unidos e aqui no Brasil. Eu trabalho para a empresa, não para uma importadora. O mercado europeu tem longa tradição com a marca e passa de geração a geração pelas motos da Royal Enfield, o que vem das décadas de 1930 e 1940, quando era muito forte, e também em outros países, como Tailândia, Indonésia, Japão, Austrália.

Nos Estados Unidos e Canadá estamos sendo uma excelente opção para os motociclistas que querem, inclusive, baixar das motos de alta cilindrada, extremamente potentes e intimidadoras, para motocicletas acessíveis, fáceis de pilotar, de manutenção barata e descomplicada. Com esse modelo de negócio estamos crescendo no segmento de média cilindrada, onde já somos líderes no mercado mundial.

A Royal Enfield produz mais de um milhão de motos por ano, equivalente ao que se produziu no Brasil em 2018. Hoje as vendas estão concentradas na Índia, mas já estão migrando para o mercado internacional, também por conta de nossos lançamentos, como a Himalayan, que já pusemos à venda, e logo mais com as bicilíndricas.de crescimento. Temos possibilidade de crescimento no país em razão dos motociclistas que querem fazer um upgrade, porque boa parte das motos que vemos estão abaixo dos 250 cm³ e o Brasil se mostra para a Royal Enfield como o país de maior potencial de crescimento de média cilindrada no mundo.

Nossa marca não veio para concorrer ou tirar mercado de inguém, veio para somar. O que a marca quer é dar a oportunidade aos motociclistas brasileiros de fazer o upgrade de suas motos menores para motos de 400 cm³, como a Himalayan ou de 500 cm³, como são Classic e Bullet. É uma marca extremamente acessível, não poderia ser diferente, para ser ótima opção para as pessoas que pilotam motos de baixa cilindrada de subir de categoria com exclusividade e muito estilo.

Confira no vídeo abaixo a entrevista completa!