Volkswagen Tayron pode substituir Tiguan Allspace na Europa

Documentos da marca revelam que crossover será produzido na Alemanha em 2024

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Volkswagen Tayron 2020

A linha da Volkswagen na China é bem impressionante e um tanto complexa, com modelos exclusivos feitos nas joint-ventures com a SAIC e a FAW. Um destes carros é o crossover Tayron, baseado no conceito Advanced Mid-Size SUV, uma alternativa ao Tiguan para o mercado chinês. Só que ele não deve mais ser exclusivo da China, pois documentos indicam que irá substituir o Tiguan na Europa nos próximos anos.

O site Automotive News Europe teve acesso a um documento interno da Volkswagen que indica que um novo SUV de sete lugares será montado na fábrica de Wolfsburg (Alemanha). O modelo em questão “será orientado pelo Tayron atualmente produzido na China.” O documento teria sido enviado ao sindicato local e adianta que este novo crossover pode substituir o Tiguan Allspace com sete assentos.

A ideia de levar o Tayron para a Europa não é bem uma surpresa, pois a fabricante revelou seu interesse no modelo desde que apresentou o conceito Advance Mid-Size SUV. O Automotive News Europe apurou que a produção na Alemanha está programada para 2024, o que significa que deve ser com a próxima geração do Tayron. Ainda não se sabe se a variante cupê Tayron X também seria feita para o Velho Continente.

Esta decisão teria sido tomada para que a VW ofereça um modelo com identidade própria entre o Tiguan de cinco lugares e o Touareg, ao invés de ter uma variante esticada. Como é de praxe, o SUV não deve ser uma cópia exata do modelo chinês, com modificações para se adequar ao gosto europeu. Um exemplo é o Tharu, SUV abaixo do Tiguan que recebeu desenho ligeiramente diferente, na forma do Taos – que chegará ao Brasil no ano que vem.

O Tayron não será o único SUV a chegar à Europa nos próximos anos. A fabricante prepara o lançamento do Nivus, crossover-cupê criado no Brasil e que será produzido também na Espanha a partir de 2021.

Como o Tiguan Allspace vendido no Brasil vem do México, esta decisão não deverá afetar o mercado nacional – ao menos não a curto e médio prazo.