Jeep Compass
Após a chegada do Renegade, a Jeep preparou um segundo lançamento, um SUV que preencheria a lacuna deixada pelo até então menor utilitário esportivo da marca americana. O Novo Compass chegou com estilo, espaço interno, porta-malas generoso e o mesmo DNA do irmão mais novo.
Inicialmente custando a partir de R$ 99.990, o Novo Jeep Compass começou a ser feito primeiro no Brasil e com direito às mesmas opções de motor e tração do Renegade. Assim, o SUV fabricado em Goiana/PE, chegou com motores 2.0 Diesel primeiramente e 2.0 Flex logo em seguida.
Tração dianteira e câmbios automáticos
Tração dianteira ou 4×4, bem como câmbios automáticos de seis ou nove marchas fazem parte do pacote, assim como uma versão topo de linha que leva o selo Trail Rated, ou seja, focada especialmente no fora de estrada. Mas na gama de versões, a Longitude é a mais equilibrada e nesta Avaliação NA, veio com motor diesel e custando R$ 143.490 quase completa (faltou o teto solar).
Desde que chegou ao mercado, o Jeep Compass nacional mostrou o que o consumidor estava esperando. O modelo rapidamente cresceu nas vendas, superando a meta inicial da marca e ameaçando a posição do Renegade. Em 2017, a possibilidade deste SUV ultrapassar o clássico renascido é muito grande.
Por fora…
O Jeep Compass Longitude Diesel tem um estilo bem equilibrado. A frente chama atenção pelos faróis com LEDs diurnos, grade com aberturas verticais características da Jeep, para-choque com faróis de neblina, repetidores de direção e luzes de curva, além de grande ângulo de ataque, lembrando que o Compass tem 29,1° de entrada e 33,1° de saída. As rodas de liga leve aro 18 polegadas com pneus 255/55 tem visual esportivo.
Chama atenção também as caixas de rodas triangulares e o friso cromado que nasce nas colunas A e passa sobre as janelas, descendo novamente pelas colunas C e envolvendo a vigia traseira. As lanternas de LED tem bom aspecto visual e lembram as da Fiat Toro. Não por acaso, já que ambos compartilham a mesma plataforma e muitos componentes. Teto com vincos para carga também se destaca, embora o cliente possa pedir um teto solar panorâmico.
Por dentro…
Como já é conhecido e mencionado acima, o trio Renegade/Compass/Toro compartilha muita coisa e mesmo que cada um tenha detalhes próprios, a impressão visual interna é a mesma em todos. O conjunto tem bom acabamento e o painel é bem limpo na parte superior.
A instrumentação na versão Longitude tem tela do computador de bordo padrão, mas as informações são bem nítidas. Os analógicos também cumprem bem seus papéis. A multimídia com tela de 8,4 polegadas é mais do que suficiente e vem com navegação, câmera de ré, climatização e funcionamento intuitivo.
Comandos físicos de mídia e climatização
Mais abaixo, comandos físicos de mídia e climatização – com ar-condicionado dual zone – ficam próximos do túnel central, que tem ainda os modos de terreno Auto, Snow, Sand e Mud, bem como entradas USB e auxiliar, fonte 12V, freio de estacionamento eletrônico e desativação do controle de estabilidade. A alavanca do Jeep Compass Longitude Diesel permite trocas manuais.
O mesmo pode ser feito no volante multifuncional de boa pegada. Os bancos são revestidos em couro e oferecem conforto. Os retrovisores podem ser basculados eletricamente e o retrovisor interno é eletrocrômico (item do pacote Premium, que inclui os bancos em couro, sensor crepuscular e sensor de chuva). Tal como nos irmãos, o banco do passageiro possui um porta-objetos sob o assento.
Sistema de som Beats
O Jeep Compass Longitude Diesel tem ainda (opcional do pacote Premium) sistema de som Beats com 506 watts. Para ter este item, o cliente paga R$ 3.700. Além dele, airbags de joelho, laterais e de cortina custam R$ 3.200 a mais. Na traseira, o espaço é bom e os passageiros contam ainda com difusores de ar. Teto e colunas possuem tonalidade cinza clara, enquanto o restante é preto. Com 410 litros, o porta-malas é bom em volume e pode ser ampliado.
Por ruas e estradas…
Se o Jeep Compass Longitude Diesel tem bom aspecto visual externo e interno, oferece espaço generoso e um porta-malas condizente com a necessidade de muitos, o conjunto motriz deste SUV americano, naturalizado brasileiro (ou seria o contrário?), não decepciona. Aliás, é o melhor que ele pode oferecer no Brasil.
O motor diesel FPT Multijet II 2.0 é moderno e tem funcionamento suave. Trabalha de forma harmônica com a transmissão ZF 9HP e entrega facilmente 170 cv a 3.750 rpm e bons 35,7 kgfm a 1.750 rpm. Com boas respostas, o propulsor da Fiat caiu muito bem no SUV da Jeep, proporcionando aceleração imediata ao ser requisitado e retomadas condizentes com o esperado.
Resposta perfeita
Mesmo com nosso diesel de péssima qualidade, o 2.0 Multijet II não se ressente desse detalhe e responde como se deve, tanto no modo automático quanto no manual. A rotação fica sempre abaixo dos 2.000 rpm na maior parte do tempo, aproveitando todo o torque em baixa. Saídas mais vigorosas elevam o ponteiro além dos 3.000 rpm, mas com real ganhou em performance, apesar do alto peso de 1.717 kg e da tração nas quatro rodas.
As trocas de marchas – são nove ao todo – são suaves e no tempo certo, embora em reduções com baixa velocidade, podemos notar pequenos trancos, mas nada que incomode ou deponha contra a performance e eficiência.
Consumo
Falando nela, o Jeep Compass Longitude Diesel tem bons números de consumo. Conseguimos 13,6 km/litro na estrada e 10,1 km/litro na cidade. Rodando a 110 km/h, o ponteiro marca 1.700 rpm apenas, garantindo conforto e economia. Nas mudanças manuais, o sistema interfere bastante em certas ocasiões. O melhor é aproveitar a opção automática.
Com bom nível de ruído a bordo, o Jeep Compass Longitude Diesel apresenta ainda boa dirigibilidade, com direção elétrica leve e progressiva, assim como uma resposta dinâmica muito equilibrada. A estrutura é bem rígida e mesmo em um pêndulo, pode-se fechar as portas sem problemas.
Suspensão
O conjunto de suspensão para uso urbano e rodoviário é muito bom. Mesmo com rodas de liga leve aro 18, o Jeep Compass Longitude Diesel filtra bem as irregularidades do asfalto ou outros tipos de pavimento.
A estabilidade é exemplar e a atuação dos freios mais do que adequada. A visibilidade geral é boa, assim como a posição de dirigir. Com 4,41 m, o utilitário esportivo se encaixa bem em muitas vagas. Na estrada, se mostra muito bom para viagens longas, onde é necessário conforto e espaço. Ele também oferece bons níveis de segurança e entretenimento.
Sistema Selec-Terrain
No fora de estrada, o sistema Selec-Terrain permite rápida transição entre os modos de terreno, sendo o Auto usado a maior parte do tempo, mas para neve, areia e lama, o Jeep Compass Longitude Diesel oferece os demais modos, facilmente acessíveis.
Além disso, tração reduzida, bloqueio do diferencial e controle de descida tornam o SUV pernambucano apto para enfrentar trechos bem ruins, garantindo mais segurança em locais com pouca ou nenhuma assistência.
Independente nas quatro rodas, a suspensão trabalha bem nessas situações e o Jeep ainda conta com bons ângulos de ataque e fuga para facilitar a transposição de obstáculos. Todo o tempo, o Multijet II e a ZF 9HP trabalham em sintonia e despejam a força necessária em cada situação, devidamente trabalhada pelo Selec-Terrain.
Por você…
O Jeep Compass Longitude Diesel tem um bom pacote de itens de série, tendo somente dois pacotes de equipamentos – com airbags adicionais e alguns dispositivos de comodidade e entretenimento – mas pelo preço base de R$ 134.990, bem que poderiam ser de série. Juntando-se os dois pacotes com pintura metálica, o preço pula para R$ 143.490. Isso tudo sem teto solar panorâmico.
Ainda assim, vem com ar-condicionado dual zone, rodas de liga leve aro 18, câmera de ré, multimídia com GPS, faróis de neblina, luzes diurnas, LEDs de marcação, lanternas em LED, trio elétrico completo, vários porta-objetos, volante multifuncional, entre outros. O conteúdo quando completo é muito bom.
Boa motorização diesel
Apesar disso, agrega a boa motorização diesel, capaz e econômica, aliada ao câmbio automático de nove marchas e à tração nas quatro rodas com modos de condução e outros recursos para off-road. Nesse aspecto, o Jeep Compass Longitude Diesel se diferencia dos concorrentes.
Bem acertado, o conjunto apresentado não atende apenas quem mora no interior e constantemente viaja para fazendas, sítios ou algo assim, como geralmente ocorre com SUVs diesel no Brasil.
Com o Jeep Compass Longitude Diesel, pode-se viver bem no meio urbano com seu anda e para interminável e ainda curtir viagens de fim de semana ou aquelas mais longas nas férias, sempre gozando dos vários atributos do veículo. Para quem tem interesse, sim, vale a pena. Mas pena mesmo não haver uma versão Sport Diesel, como no Renegade, que teria sem dúvidas um preço mais atrativo.