Centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda
Até o fim de março as concessionárias Honda terão à venda o Honda WR-V. O novo utilitário esportivo global foi concebido pelo centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda de Sumaré (SP). O carro foi mostrado pela primeira vez no Salão do Automóvel, em novembro de 2016. O nome vem do inglês Winsome Runabout Vehicle, algo como veículo recreacional e cativante.
Equipado com motor 1.5 flex com até 116 cavalos e câmbio automático CVT, ele deve ter preço inicial próximo a R$ 70 mil. Mais adiante também haverá opção manual de cinco marchas.
Honda WR-V
Em março a montadora vai revelar versões e preços. O modelo também será vendido pela Honda do Brasil em países da América do Sul e já se sabe que terá produção indiana. O Honda WR-V utiliza vários componentes do Fit, como portas, vidros e painel, mas tem alguns elementos exclusivos como suspensões e itens aparentes como grade, faróis e suspensões.
Mais do que uma simples aventura
Assim o projeto é mais do que uma simples versão aventureira. “Em nossas pesquisas, os clientes pediram características conflitantes, como dimensões reduzidas e bom espaço interno; carroceria mais alta e boa dirigibilidade; agilidade e economia de combustível”, afirma o líder de projeto, Édison Matsuzake. A fábrica de Sumaré já produziu um lote inicial pré-série de cerca de 100 carros e começa a montá-lo para valer neste mês de fevereiro.
“Ele utiliza os mesmos fornecedores dos outros modelos. São cerca de 120”, diz Miyakuchi. Também não houve modificação significativa na fábrica para produzir o novo modelo, segundo o executivo.
O Honda WR-V junta-se em Sumaré aos nacionais Fit, City, HR-V e Civic. A aguardada abertura da segunda fábrica de carros da Honda no País, em Itirapina (SP), ainda não está definida. Sumaré consegue montar 620 carros por dia em dois turnos. O ritmo atual sem o WR-V é de 520 unidades, das quais 35% a 40% são do consagrado HR-V, o utilitário esportivo mais vendido em 2015 e 2016.
O sucesso de vendas do novato poderá dar um empurrão para a abertura da nova unidade. “Ainda não dá para fazer uma estimativa (de vendas), tomara que tenha o mesmo nível do HR-V”, diz o vice-presidente da Honda do Brasil, Carlos Eigi Miyakuchi.
WR-V buscando seu lugar ao sol
O Honda WR-V tende a roubar mercado do Fit, já que monovolumes e hatches médios estão em baixa justamente por causa da boa aceitação de utilitários esportivos. Ele também vai impactar o HR-V. Basta lembrar que em 2009, com a chegada do City, o Civic acabou perdendo para o Corolla a liderança entre os sedãs médios.
Assim como o Fit, o WR-V tem interior versátil. Seus bancos dobram e rebatem de forma a criar uma superfície plana para transporte de cargas longas ou para que a área estofada dianteira se encontre com a traseira. Isso permite que tanto motorista quanto passageiro usem o carro para dormir numa parada.
O porta-malas tem os mesmos 363 litros de volume do Fit. Já o “irmão maior” HR-V tem 437 litros. O motor 1.5 garantiu ao WR-V a letra A no programa de etiquetagem veicular.