Previsão de economistas para rombo primário em 2019 e 2020 fica praticamente estável, aponta Prisma

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Rombo primário em 2019 e 2020Rombo primário em 2019 e 2020

BRASÍLIA (Reuters) – Economistas praticamente não alteraram em julho suas expectativas para o rombo primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) neste ano e no próximo, segundo relatório Prisma Fiscal, divulgado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira.

Segundo a mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a expectativa para o déficit primário do governo central teve ligeiro recuo a 105,919 bilhões de reais neste ano, sobre 105,948 bilhões de reais na conta feita em junho.

A estimativa continua distante

A estimativa, entretanto, continua distante da meta oficial de um déficit de 139 bilhões de reais para este ano.

Nesta semana, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que o governo pode anunciar novo contingenciamento nas despesas para assegurar o cumprimento da meta fiscal de 2019, já que a perspectiva é de diminuição nas receitas esperadas para o ano por conta de revisão que será feita para baixo para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

O martelo será batido até o dia 22, data de divulgação do próximo relatório bimestral de receitas e despesas. Para aliviar a investida, após um contingenciamento de quase 30 bilhões de reais já anunciado em março, o governo poderá adotar medidas para que o bloqueio nos gastos não seja tão forte, incluindo iniciativas tributárias e associadas a fundos.

2020

Para 2020, a estimativa dos economistas consultados pelo Prisma é de um primário negativo em 76,153 bilhões de reais, com pequena variação para cima em relação à cifra de 75,838 bilhões de reais vista no mês anterior, mas também dentro da meta estipulada para o exercício.

O alvo fiscal para 2020, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um rombo primário de 124,1 bilhões de reais — sétimo dado consecutivo no vermelho, numa mostra do forte desequilíbrio entre receitas e despesas no país.

Em meio ao desarranjo fiscal, a dívida segue avançando sobre o Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é que encerre 2019 em 78,75% do PIB, ante patamar de 78,50% visto em junho, mostrou o Prisma. Para 2020, a conta foi piorada a 80,20% do PIB, sobre 80% antes.