SUVs da Fiat
A Fiat não terá apenas um, mas sim dois SUVs para chamar de seu. E, ao contrário do que se especulava, eles não virão da Toro. Serão feitos em Betim (MG) e vão derivar da base do Argo – na verdade uma evolução desta plataforma. A estreia será em cerca de três anos, pois nem o design está totalmente definido. Para agradar ao mercado, os modelos serão parentes, mas com diferenças em proposta e design. Conversamos com algumas fontes ligadas à marca e jogamos luz sobre o assunto.
Fiat quer ter um SUV compacto
Faz tempo que a Fiat quer ter um SUV compacto no Brasil. A primeira aposta era o 500X, por usar a mesma plataforma do Jeep Renegade, mas a FCA decidiu priorizar a marca norte-americana com os utilitários. O 500X poderia então vir importado, mas o dólar nas alturas (está acima dos R$ 4) inviabiliza totalmente qualquer ideia neste sentido.
No Salão do Automóvel do ano passado, a Fiat deu asas à imaginação de seus designers – e dos que esperam um SUV da marca. Mostrou uma variante SUV-cupê da Toro, com quatro portas e teto com desenho arqueado, chamada de Fastback. Parecia óbvio que esse seria o SUV da Fiat, certo? Não. Aliás, nossos informantes garantem que não haverá nenhum SUV derivado da Toro. O próximo utilitário a ser feito em Goiana (PE) será da Jeep, mas vamos deixar para falar dele depois.
SUVs da Fiat
Agora vamos aos SUVs da Fiat: os dois terão porte compacto, para se encaixar abaixo do Renegade da gama da FCA – apesar de que suas versões mais caras acabarão se embolando com o Jeep de entrada em preço. Eles serão lançados com diferença de alguns meses e, enquanto um terá uma proposta mais familiar, o outro terá desenho esportivo, com formato SUV-cupê. Era sobre esse carro que o presidente da FCA América Latina, Antonio Filosa, se referia na divulgação dos investimentos em Betim (MG) na última quarta-feira (22) – e não ao SUV-cupê da Toro.
Dois SUVs compactos
Serão, portanto, dois SUVs compactos, para atuar no segmento onde estão Nissan Kicks e Honda WR-V, nas palavras de nossas fontes. A opção de ter dois modelos é justamente para agradar a públicos diferentes, de modo a compensar o tempo que a Fiat ficou de fora do segmento. Como dissemos anteriormente, os modelos estão ainda em fase definição de design, então qualquer projeção ou aposta visual seria um completo “chute”. O que está certo é que eles já virão com o motor 1.0 turbo T3, a versão turbinada e com injeção direta do Firefly de 3 cilindros, que renderá cerca de 130 cv.
Investimentos
Para o desenvolvimento desses dois modelos, mais a nova fábrica de motores e outras implementações, Betim (MG) receberá um aporte de R$ 8,5 bilhões. Por sua vez, a planta de Goiana (PE) terá um investimento de R$ 7,5 bilhões, sendo que parte desse dinheiro será empregado no quarto modelo da fábrica pernambucana. E ele será um Jeep.
Com plataforma derivada do Compass, ele será um SUV de grande porte com capacidade para 7 ocupantes, mas não terá nada a ver com o Grand Commander chinês. “É um modelo exclusivo, com nome e design próprios”, antecipa uma fonte. A FCA deverá se pronunciar sobre esse carro ainda neste ano. Vamos ficar ligados.
Fotos: arquivo Motor1.com