Produção de veículos
A produção de veículos em abril somou 267,5 mil unidades, resultando em alta de 11,1% sobre março. No quadrimestre foram 965,4 mil unidades, praticamente repetindo o volume registrado no mesmo período do ano passado. Embora o mercado doméstico tenha crescido 10,1% no acumulado do ano, as exportações caíram 45%, impedindo a expansão dos números de produção. Os resultados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em razão da estabilidade, a Anfavea acabou protelando a revisão de suas projeções. “Teremos novos números em junho ou julho, já com um horizonte mais definido em relação a mercado e exportações”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Fabrício Biondo.
O sobe e desce por segmento
Os automóveis montados entre janeiro e abril somaram 812,2 mil unidades. O total é de ligeira alta de 2,4% pela comparação interanual, mas a produção de 110,1 mil comerciais leves no quadrimestre resultou em queda de 14,5%.
Movimento semelhante ocorreu entre os veículos pesados. A produção de caminhões até abril somou 34,2 mil veículos, com discreta alta de 1,9%. Contudo, os 8,9 mil ônibus fabricados no período levaram a uma queda de 12,5%.
Produção de máquinas cai 10%
As máquinas agrícolas montadas no País atingiram no acumulado até abril 15,3 mil unidades, resultando em queda de exatos 9,9% na comparação interanual. A retração foi puxada pela produção de tratores de rodas. Este é o segmento mais expressivo em volume e teve 9,6 mil unidades repassadas à rede, 22,1% a menos que em iguais meses do ano passado.
A queda da produção total de máquinas decorre da retração nas exportações, que forçou os fabricantes a reduzir o ritmo das linhas brasileiras, especialmente de tratores de rodas. A alta de 22,6% na produção de tratores de esteiras e de 34,4% na de retroescavadeiras não foi suficiente para impedir a queda total.
Empregos e estoque
Segundo a Anfavea, o nível de empregos na indústria automobilística somava em abril 130,1 mil vagas, registrando alta de 0,1% na comparação com março. É possível que ocorra uma redução desse total em maio, já que a Ford e o sindicato dos metalúrgicos chegaram recentemente a um acordo em relação às dispensas e eventuais recontratações em São Bernardo do Campo, onde a montadora emprega cerca de 3 mil trabalhadores.
O estoque de veículos cresceu de 38 para 40 dias na passagem de março para abril. Em volume, subiu de 296,4 mil para 306,2 mil unidades, números considerados “normais” para a direção da Anfavea.