Peugeot 208
A Peugeot mostra em março no Salão de Genebra, Suíça, a nova geração do hatch compacto Peugeot 208 totalmente reinventada em relação ao modelo atual, fabricado na França e no Brasil. Completamente redesenhado por dentro e por fora, o carro ganhou mais estilo e tecnologia, agora produzido sobre a nova plataforma modular compacta CMP (de common modular plataform) do Grupo PSA – também controlador das marcas Citroën, DS, Opel e Vauxhall. As vendas do novo Peugeot 208 na Europa começam no segundo semestre deste ano. Parte da imprensa especializada aposta que o modelo será fabricado também na Argentina, mas só a partir de 2021.
Peugeot não confirma nem nega
Consultada, a Peugeot afirma que “não tem informações sobre o 208” para o Mercosul, não confirma nem nega a manobra que iria transferir a produção do hatch de Porto Real (RJ), onde é feito desde 2012, para o país vizinho. Essa informação ganha força pelo fato de já ter sido confirmada a introdução da plataforma CMP na fábrica de El Palomar, que desde 2017 recebe investimentos de US$ 320 milhões para produzir novos veículos sobre a nova base. Contudo, a informação oficial, de março de 2017, sem especificar nenhum modelo, era de que o Grupo PSA colocaria em produção o primeiro carro sobre a CMP já a partir de 2019, não em 2021. Desde 2016 executivos da PSA prometeram a CMP também para o Brasil a partir deste ano.
Quando o novo 208 chega ao Mercosul
Sem nenhuma indicação do fabricante, fica difícil saber quando o novo 208 chega ao Mercosul e em qual planta será produzido. Mas é fato que ele faz parte dos 16 lançamentos prometidos pela PSA na região até 2021, dos quais nem metade ainda foi realizada. A penúria de vendas das marcas da PSA com crises no Brasil e na Argentina podem ter atrasado os planos da plataforma CMP em ambos os lados da fronteira. O certo é que com exceção do Citroën C4 Cactus brasileiro, lançado no ano passado, todos os outros produtos feitos em El Palomar (Peugeot 308, 408 e Partner; Citroën C4 Lounge e Berlingo) e Porto Real (Peugeot 208 e 2008; Citroën C3 e Aircross) estão em fim de ciclo de vida. O 2008 passará por renovação ainda este ano, mas pelo que se sabe ainda não será construído sobre a CMP, o que aconteceria só em 2022.
Construído sobre a CMP, o novo Peugeot 208 ficou mais largo e mais baixo que o atual, integrou ao seu desenho os traços da mais recente identidade da marca francesa, notadamente já expressos nos SUVs 3008 e 5008 e no sedã 508, como grade frontal generosa e faróis e lanternas com a assinatura luminosa da três faixas, como se fossem rasgadas pelas patas do leão símbolo da Peugeot.
O interior
Por dentro o processo de transformação foi parecido. Desenho de bancos e painel se assemelham aos dos mais novos Peugeot. O quadro de instrumentos i-Cockpit segue na posição visual acima do volante, mas ganhou a mesma versão digital dos irmãos de marca. O compacto também incorporou tecnologias de assistência ao motorista, como controle automático de velocidade adaptativa em relação ao carro da frente assistente de permanência em faixa.
O motor
A motorização na Europa permanece igual, com três versões a gasolina do tricilíndrico PureTech 1.2, aspirado de 75 cv com câmbio manual de cinco marchas ou turbinado com duas calibrações, de 110 ou 130 cavalos, que podem ser equipados com transmissão manual de seis marchas ou automática de oito. Também há opção do motor turbodiesel 1.5 BlueHDI de quatro cilindros e 100 cv, só com caixa manual de seis.
A maior novidade do powertrain da nova geração do compacto é a oferta de uma versão 100% elétrica, o e208, equipado com motor elétrico de 136 cv. A plataforma CMP já foi projetada para versões eletrificadas. As baterias de 50 kWh garantem autonomia de até 340 km rodando no modo mais econômico, são recarregadas em 16 horas em uma tomada comum, tempo que cai para 5 a 8 horas ligado em um Wall Box, dependendo da potência. Em postos públicos de recarga rápida é possível repor 80% da capacidade em 30 minutos.