Participação de automóveis importados cresce
Participação de automóveis importados cresce – Embora a importação de componentes automotivos da China tenha decaído recentemente, o fluxo de entrada de veículos fabricados no gigante asiático segue em ascensão. Estes constituem os principais vetores para o incremento dos automóveis importados dentro do mercado brasileiro de automóveis. Informações recentes divulgadas pela Anfavea revelam que o Brasil viu um aumento de 431% nas importações de veículos chineses no último ano, com a maioria esmagadora desses sendo modelos eletrificados. Se compararmos com o ano anterior, que teve um total de 7,9 mil unidades importadas da China, em 2023 esse número saltou para 42 mil.
Essa foi a ascensão mais notável, considerando que a Argentina, com um crescimento modesto de 11%, permanece como o principal exportador de veículos para o Brasil. A troca interanual marcou um crescimento de 198,4 mil para 219,9 mil unidades.
Fabricantes como BYD e GWM, que já sinalizaram investimentos em produção local, são responsáveis pelo aumento dos veículos eletrificados chineses no mercado. No último ano, ambas as empresas lançaram modelos compactos 100% elétricos, respectivamente, o Dolphin e o Ora 03.
Com o crescente interesse pelos modelos oriundos da China, os veículos importados representaram em dezembro notáveis 18% do mercado brasileiro, com a comercialização de 44,8 mil unidades do total de 236,7 mil automóveis e comerciais leves vendidos no país. Este índice é o maior registrado na década corrente.
Somando as vendas de todo o ano, os importados compuseram 15,2% do mercado, com 344.032 unidades negociadas, um incremento de 28,9% em relação aos 12 meses de 2022, quando os veículos internacionais abarcavam apenas 13% do mercado nacional. Por outro lado, as vendas de carros nacionais tiveram um crescimento modesto de 8%, indo de 1,69 milhão para 1,84 milhão de unidades.
O recorde de vendas em dezembro foi creditado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao aumento na aquisição por parte das locadoras e, primordialmente, ao avanço na demanda por importados eletrificados.
“Os consumidores brasileiros recorreram às concessionárias em busca de híbridos e elétricos, tentando escapar do reajuste no imposto de importação e para se beneficiarem das promoções de final de ano”, expressou o executivo, destacando ainda que o mês de dezembro apresentou a média diária (12,4 mil unidades) dos últimos quatro anos.
