Nissan Leaf
O Nissan Leaf é um dos modelos mais importantes no processo de eletrificação dos veículos mundo afora. Por muito tempo, foi o carro elétrico mais vendido do planeta e ainda tem demanda satisfatória globalmente.
Depois de quase três anos de mercado brasileiro, o Leaf ganhou sua primeira atualização. Além de sutis mudanças visuais, o carro traz uma importante alteração no tipo de carregamento das baterias.
A reportagem de Automotive Business dirigiu o renovado Nissan Leaf e traz a seguir sete fatos sobre o veículo elétrico.
Projeto veterano
O Leaf desembarcou por aqui em 2019, mas é um dos carros elétricos mais antigos à venda no mundo. Lançado comercialmente em 2010, ele foi um dos grandes responsáveis pela popularização dos veículos movidos a eletricidade, sobretudo em países de Europa e Ásia. Até 2020, mais de 500 mil unidades do modelo já haviam sido vendidas globalmente desde o lançamento.
Só que o Leaf já sente o peso da idade. A ergonomia tem alguns pontos que foram aprimorados em ajustes mais recentes. A posição excessivamente alta do banco traseiro também é uma característica de carros elétricos de gerações anteriores, uma vez que os modelos recentes trazem soluções mais eficazes para acomodar a bateria sem prejudicar o espaço interno. Por isso, apesar da experiência da marca com a tecnologia, o carro pode perder apelo em um mercado cada vez mais povoado por boas opções de carros elétricos.
Design retocado
Mesmo com o projeto veterano, para não fazer feio diante da concorrência, a Nissan fez leves atualizações no estilo do Leaf, ainda que cosméticas. Na frente, a “grade” dianteira traz pintura preta e ostenta o novo logotipo da marca japonesa, que também está presente na tampa do porta-malas.
A cor preta está presente em muitas partes externas do veículo. Além dos apliques nos para-choques (que tinham pintura azul), o Leaf traz rodas de liga leve (de desenho discutível, cabe dizer) com acabamento em preto e prata.
Na paleta de cores, o Leaf pode ser encomendado em cinza Shark, o tom fosco que está presente em vários modelos vendidos no país.
Recarga mais fácil de encontrar
Uma das mudanças mais aguardadas pelos donos de Nissan Leaf é a oferta do plug do tipo 2, cujo padrão é o mais comum nas estações de recarga pelo país. Até então, o Leaf só trazia o padrão ChaDeMo, que oferece recarga mais rápida, mas é bastante difícil de ser encontrado. A adequação ao padrão mais usado no país pode ser um ponto a favor do modelo na hora da decisão de compra.
Bom de dirigir
Embora não tenha o desempenho explosivo de outros elétricos, o Leaf é muito bom de dirigir. As respostas suaves do motor elétrico de 150 cv são combinadas à direção bastante leve, fazendo com que o hatch seja ágil em meio ao trânsito.
O sistema de câmeras com visão em 360 graus facilita bastante a realização de manobras em locais apertados e o Leaf conta com opção de condução no estilo “one pedal”, no qual o veículo aciona os freios assim que o motorista tira o pé do acelerador.
Preço salgado
Apesar de não ser a última palavra em tecnologia, o Leaf ainda custa caro. Por ele pede-se pouco mais de R$ 293 mil. Por esse valor. custa bem mais do que um Renault Zoe (R$ 239.990) e ainda se aproxima de concorrentes mais modernos e com maior autonomia, como o Chevrolet Bolt, que parte de R$ 329 mil.
Ainda assim, o carro foi líder de vendas entre os elétricos puros no Brasil em 2021, com 439 unidades licenciadas, segundo a Nissan. Entre janeiro e setembro de 2022, o modelo teve 269 emplacamentos, o que o fez despencar para a oitava posição no ranking de veículos com a tecnologia – talvez uma resposta do mercado ao surgimento de novos concorrentes na categoria.
No país inteiro
Juntamente com a estreia do novo Leaf, a Nissan ampliou o número de concessionárias capacitadas para realizar venda e manutenção do carro. Agora 51 revendas em 18 estados (mais o Distrito Federal) estão autorizadas a fazer os serviços, abrangendo todas as regiões do Brasil.
Autonomia suficiente
É verdade que a maioria dos carros elétricos ainda não pode realizar viagens longas sem precisar de uma parada para recarregar as baterias.
O Leaf, porém, consegue completar trajetos mais curtos sem precisar realizar paradas. Foi o que fizemos ao sair de São Paulo e ir até São Roque, no interior do estado. Deixamos a capital com carga máxima e poderíamos ter realizado todo o percurso de quase 200 km sem recarga, já que a autonomia declarada pela Nissan é de até 272 km.
Em breve também será possível viajar por toda a região Sul do país a bordo de um carro elétrico. A Rota Sul é primeira rede privada de eletropostos com carregadores rápidos interligando as capitais e cidades importantes da região. A previsão é de instalar nove pontos com carregadores, permitindo, assim, que o motorista possa ir de São Paulo (SP) a Punta del Este, no Uruguai, com a previsão de ter carregadores rápidos a cada 200 km.