Ram comemora recorde
Conhecida pelas picapes de grande porte, a Ram está comemorando seu sucesso comercial no Brasil em 2021, ano que está sendo marcado por recordes de vendas. Para celebrar a marca, a empresa anunciou nesta quarta-feira, 11, uma nova padronização para suas concessionárias e a chegada de um terceiro modelo para sua linha de veículos.
Para ter ideia do tamanho da conquista, a Ram comercializou no País apenas nestes primeiros setes meses bem mais do que no ano passado inteiro. Em números exatos, foram emplacados 1.475 veículos em 2020 contra 2.027 unidades licenciadas apenas no acumulado de janeiro a julho deste ano, segundo dados da Fenabrave.
Esse crescimento é ainda mais importante para a empresa porque ocorreu em um cenário de queda da produção mundial e escassez de veículos para a importação, devido à crise mundial de semicondutores. Apesar da perspectiva de restrição global, a Ram bateu seu recorde de vendas no mercado brasileiro nos últimos três meses consecutivos. “Na verdade, este é o melhor primeiro semestre da Ram no mundo inteiro”, disse o diretor da marca para a América Latina, Breno Kamei, durante evento à imprensa.
Apesar dos números positivos, é importante lembrar que entre as razões do recente aumento de vendas da marca está também a estreia de mais um produto da sua gama neste ano, a Ram 1500. Até então os números de 2020 contemplavam apenas a picape 2500, modelo que apesar de maior (são 6,07 metros contra 5,93 metros) está na mesma faixa de preço (R$ 442 mil da 2500 frente aos R$ 400 mil da 1500).
Como as primeiras unidades da Ram 1500 foram entregues apenas a partir do final de abril, a grande maioria das vendas neste ano ainda são do modelo 2500 – 81% para ser exato. Everton Kurdejak, diretor comercial da Ram, explica que a picape maior tem seu bom desempenho no mercado impulsionado pelo excelente momento que vive a agricultura. “As regiões com maior poder do agronegócio compram mais a picape 2500, enquanto a 1500 tem maior destaque nas capitais, especialmente em São Paulo”, afirma.
Foi justamente esse grande potencial do campo que fez a marca lançar em maio um programa piloto de barter trade (troca ou permuta, em inglês), uma modalidade que permite que o produtor rural compre o veículo pagando com sua safra de soja. O serviço também está disponível para outras marcas do grupo Stellantis, como Fiat e Jeep, além da Ram.
Para dar conta dessa perspectiva de crescimento em 2021, a Ram anunciou que está iniciando uma padronização da sua rede de concessionárias, que vai incluir não somente a unificação da comunicação visual das lojas como também das instalações, que passarão a contar com sala exclusiva para quem já é cliente, um espaço virtual para conhecer melhor os veículos da marca e uma butique para comercializar artigos com a grife Ram, como roupas, cintos e boné.
Dentro desse movimento de valorização das concessionárias, a empresa confirmou que também vai ampliar sua rede autorizada no mercado brasileiro, que ganhará mais quatro unidades até o final deste ano, passando das atuais 52 revendas para 56.
Até o final deste ano, as concessionárias terão à disposição uma terceira picape. Embora Breno Kamei tenha confirmado que haverá um lançamento em breve, o executivo não quis dar detalhes sobre qual será o modelo. Mas já se sabe que a novidade será a Ram 3500, como já foi confirmado recentemente por reportagem do Uol.
O modelo é ainda maior do que a 2500 (são 6,6 metros de comprimento na versão Heavy Duty) e com capacidade de carga superior (são 2.980 kg contra 1.088 kg). Ela traz rodado duplo no eixo traseiro e conta com o mesmo motor a diesel Cummins de 6,7 litros da 2500, porém com uma dose extra de força: são 148,6 mkgf de torque (em vez dos 110,7 mkgf da irmã menor).
A empresa negou ainda que pense em importar uma versão a diesel da Ram 1500 (ela só é vendida hoje com opção de motor V8 de 5,7 litros a gasolina de 400 cv e 56,7 mkgf), já que dentro da estratégia atual apenas a 2500 teria configuração a diesel, mas diz que está nos seus planos de trazer no futuro uma 1500 com motorização híbrida, sem estimativa de data.