GM: carro elétrico no Brasil depende de política pública

Menor custo da bateria, infraestrutura e consciência do consumidor são o caminho para a popularização dos elétrico

389

Um futuro de carros elétricos

Um futuro de carros elétricos

GM é uma das grandes montadoras com planos mais ambiciosos no que se refere a transição para um futuro de carros elétricos. E mesmo com os atrasos causados pela pandemia, a GM não reduziu o cronograma de eletrificação nos grandes mercados globais. Mas e no Brasil, como fica?

A Europa tem aprovado regulamentos cada vez mais restritivos para os carros a combustão, a China é o maior produtor mundial de carros elétricos e os Estados Unidos, finalmente, parecem alinhar uma estratégia para a mobilidade elétrica.

Fábrica Zero GM

Nesse cenário, a GM aposta que o Brasil também avançará nesta área, conforme disse a vice-presidente da GM para a América do Sul, Marina Willisch, em entrevista ao gaúcho Jornal do Comércio.

“No Brasil, não será diferente, um dos pontos chaves para a adoção em massa dos veículos elétricos são as políticas públicas”.

GM-Marina-Willisch-1

A executiva diz que qualquer planta da GM, em tese, pode ser adaptada para a produção de carros elétricos, mas ainda não confirmou quando isso irá ocorrer aqui no país.

Também reafirmou que a GM tem uma meta global de um portfólio composto 100% de carros elétricos a partir de 2035, o que também inclui o Brasil. Com meta de zerar as emissões nocivas em 2040, a montadora pretende oferecer veículos elétricos para uso empresarial e consumidores em todas as faixas de mercado.

No entanto, afirma que a transição energética requer o engajamento de governos, sindicatos, fornecedores e consumidores, cada um desempenhando o seu papel de conscientização sobre o futuro elétrico e trabalhando na ampliação da infraestrutura para a mobilidade elétrica.

“Claramente, os mercados ao redor do mundo se moverão em velocidades diferentes com base em uma série de fatores. O que está em nossas mãos é o compromisso de entregar 30 modelos totalmente elétricos até 2025 globalmente.”

Novo Chevrolet Bolt 2022

Marina reforça que, assim como em outros países que avançaram com a eletrificação, as políticas políticas têm papel fundamental para facilitar a popularização dos carros elétricos. E que aqui no Brasil não será diferente: governo e consumidores conscientes envolvidos nesse processo serão a base da mudança.

Por fim, destaca quatro pilares fundamentais para a adoção em massa dos carros elétricos:

      • conscientização do consumidor
      • redução contínua do custo das baterias
      • políticas públicas
      • expansão da infraestrutura.

Em termos de opções de carros elétricos no Brasil a GM vende atualmente o Chevrolet Bolt, com autonomia de 416 km, que em breve terá a versão atualizada (lançada nos Estados Unidos) e também uma nova variante SUV, com lançamento confirmado por aqui, mas ainda sem data de estreia.

Fonte: Jornal do Comércio