Jeep anota recorde de participação
Além de ter ficado famosa por fabricar veículos que encaram qualquer terreno, também em termos figurados a Jeep pode ser considerada uma fabricante de muita tração, a oitava mais vendida hoje no Brasil, onde o desempenho é tracionado com força total por apenas dois de seus SUVs, o compacto Renegade e o médio Compass, até agora os únicos da família produzidos em solo brasileiro, em Goiana (PE). Os dois representam 99% das vendas da marca no País, custam acima de R$ 100 mil e ainda assim conquistaram espaço este ano entre os dez veículos mais vendidos por aqui, garantindo à Jeep recorde de participação de mercado de 5,9% em setembro e 5,4% no acumulado de nove meses de 2020.
Com o Compass na sétima posição entre os mais vendidos em setembro e no décimo lugar no acumulado de nove meses, e o Renegade em nono no mês e oitavo no ano, mesmo com os impactos da pandemia de coronavírus ainda castigando o Brasil, a Jeep conseguiu o surpreendente desempenho mensal de 11,8 mil unidades emplacadas que garantiram crescimento de 10% sobre setembro de 2019, enquanto na média o mercado caiu 11%. Em 2020, a soma até agora de 71 mil veículos vendidos representa queda de 25% sobre o mesmo período do ano passado – resultado muito melhor do que a retração anual de 33% no total das vendas.
No cada vez mais disputado mercado nacional de SUVs, a Jeep também é líder absoluta desde o lançamento de seu primeiro modelo nacional, o Renegade em 2015, que em 2016 recebeu o reforço do Compass. Atualmente a marca domina 21% das vendas do segmento de utilitários esportivos, que praticamente dobrou de tamanho de 14% para 27% nos últimos quatro anos. Ou seja, a categoria cresceu muito rápido no País e a Jeep conseguiu ser a mais rápida desde que entrou para valer na disputa, com apenas dois produtos que não receberam nenhuma renovação importante desde o lançamento.
Jeep é campeã de vendas diretas
A Jeep também lidera em outra categoria: é de longe a marca que mais vende veículos por faturamento direto ao cliente, que concentra este ano 74% dos emplacamentos nos últimos nove meses. Em 2020, Compass e Renegade são respectivamente o terceiro e quarto veículos mais vendidos por esse canal no País. Esse resultado, no entanto, não parece preocupante. Tânia Silvestri, diretora da Jeep na América Latina, garante que no caso da marca as vendas diretas são rentáveis, até porque a maioria é realizada dentro das concessionárias.
“Temos de dividir esse mercado em três partes: 20% de nossas vendas diretas são para pessoas com deficiência (PcD), que são feitas por faturamento direto com isenção de impostos. Também vendemos para locadoras, mas a maior parte dos negócios nesse canal são vendas a profissionais autônimos e empresários, que compram como pessoas jurídicas”, explica a diretora.
Embora todos os modelos Jeep custem acima de R$ 100 mil e estão acima do limite de isenção do ICMS de até R$ 70 mil nas vendas para PcD, a marca vai bem nesse segmento porque o abatimento de IPI não é limitado. No caso do Renegade ou Compass com motor diesel, que pagam alíquota de IPI em torno de 25%, o desconto se torna bastante atrativo para esses modelos vendidos pelo canal de venda direta a pessoas com deficiência.
Dois produtos, diversidade de versões e marca forte
Tânia Silvestri credita o desempenho acelerado da Jeep à força da marca, “que não vende só produtos, mas também valores, um estilo de vida”, aponta. Ela destaca que no Brasil a Jeep já conseguiu bater sua meta global, que é de vender um a cada cinco SUVs no mundo.
“Lideramos as vendas de SUVs no Brasil e temos a meta de continuar assim. O segmento cresceu muito rápido e sofreu menos com a pandemia. Nesse cenário, conseguimos acelerar ainda mais e chegamos ao recorde de participação em setembro. E podemos ganhar mais espaço no futuro, porque muitas novidades e lançamentos estão programados a partir de 2021”, afirma Tânia Silvestri. |
Segundo a diretora, a Jeep conseguiu defender bem seu território com apenas dois produtos diante da multiplicada concorrência – que segue aumentando – porque oferece muitas opções tanto no Compass como no Renegade, com multiplicidade de versões flex e diesel, 4×2 e 4×4, que abrangem uma longa gama de R$ 120 mil a R$ 200 mil. “Conseguimos atingir públicos muito diferentes com um mesmo produto”, diz.
Tânia conta que graças às ações de vendas on-line e as promoções, a Jeep atravessou os últimos meses de pandemia com demanda positiva e assim conseguiu ganhar terreno em participação de mercado. Não houve baixa de nenhuma das 201 concessionárias no País: “Algumas demitiram funcionários porque não acreditaram que o movimento voltaria forte, depois tiveram de recontratar para atender”, revela. “A rede tem hoje o tamanho ideal, cresceu muito rápido, com quase 200 pontos já no lançamento do Renegade, mas não perdeu qualidade e segue bem colocada em pesquisas de satisfação dos clientes”, acrescenta.
Muitas novidades em 2021
Tânia Silvestri destaca que o calendário em 2021 será extenso, recheado de novidades, renovações importantes e o lançamento do terceiro Jeep produzido no País, com desenho traçado no Brasil, que será lançado no segundo semestre do próximo ano e levará a marca a disputar território no andar de cima do segmento de SUVs com o modelo de sete lugares. “Já dominamos as vendas de SUVs compactos e médios, no ano que vem teremos um de grande porte também”, diz. Ela adianta que 100% das versões serão equipadas com motorização turbo (diesel e flex).
Os Jeep em produção também vão ganhar novas versões equipadas com os motores turbo flex que começam a ser produzidos pela FCA em Betim (MG) no início de 2021: de 1 litro com 125 cavalos e torque máximo de 200 Nm e 1.3 com 185 cv e 270 Nm. Os dois propulsores podem ser a solução ideal para substituir os fracos e gastadores motores aspirados que equipam atualmente as opções flex bicombustível etanol-gasolina de Compass e Renegade. E ambos continuarão a ser os únicos de suas categorias de tamanho oferecidos com a eficiente motorização turbodiesel de 170 cv.
A marca também entrou na rota da eletrificação e modelos híbridos plug-in que começaram a ser lançados na Europa este ano também devem desembarcar no Brasil a partir de 2021, inicialmente importados. O primeiro deles será o Renegade 4xe.
Todas as novidades, afirma Tânia, continuarão a ser promovidas pelas constantes ações de marketing apoiadas na imagem aventureira da marca, que esta semana estreou até um reality show, o Jeep Challenge Brasil, em que influenciadores, fãs, pilotas e jornalistas disputam uma competição com os SUVs. Em 2021, quando a Jeep comemora seus 80 anos, serão reforçadas campanhas e eventos destinados à comunidade de fãs da marca.