Citroën C4 Cactus
Depois da Peugeot e da divisão de luxo DS, a Citroën promete ser a próxima marca do grupo PSA a entrar de cabeça no segmento de veículos elétricos. Prova disso foi dada recentemente pela CEO Linda Jackson, que confirmou em entrevista concedida à agência Automotive News Europe o lançamento de uma variante totalmente elétrica do sucessor do C4 Cactus. A novidade deverá chegar ao mercado dentro de um ou dois anos e será o primeiro veículo EV oferecido em grande escala pela empresa. Até hoje, a única experiência da marca com o segmento foi através do C-Zero (clone do Mitsubishi i-MiEV), que vendeu poucas unidades.
Detalhes não foram revelados, mas desde já Jackson adiantou que o sucessor do C4 Cactus é tratado internamente como um “lançamento muito importante”. Como dito, o novo modelo está sendo pensado como um substituto do modelo atual e não exatamente como uma nova geração. Ao que tudo indica, o próximo C4 irá representar uma grande mudança em relação ao visual do modelo atual e o batismo Cactus poderá ser usada posteriormente em outro modelo.
O C4 Cactus foi originalmente pensado em 2014 como um carro pequeno de estilo crossover. No entanto, a reestilização sofrida em 2017 deu ao modelo um apelo mais hatchback, principalmente pelo fato de na Europa a Citroën ter eliminado o C4 hatch tradicional. Passado esse tempo, as vendas começaram a cair e já acumulam recuo de 8% de janeiro a outubro no mercado europeu, totalizado cerca de 45.966 unidades. O melhor ano de vendas do modelo foi 2015, quando foram vendidos 79.000 exemplares.
Outro dilema diz respeito à plataforma. O Cactus hoje adota a base PF1 da PSA, a mesma do C3, mas a nova arquitetura a ser usada pelo sucessor ainda não foi revelada: poderá ser a CMP para carros pequenos ou a EMP2 para veículos de médio porte. Todos os detalhes serão conhecidos no ano que vem.
E no Brasil?
Por aqui, é possível que a marca o mantenha em linha, como aconteceu com o C3. Porém, a empresa trabalha em uma nova linha de carros para países emergentes e, entre eles, estará um modelo baseado no C3 europeu que poderá atuar no espaço ocupado atualmente pelo C4 Cactus.