Mini Cooper vira elétrico
O novo Mini Cooper SE pode não ter o mesmo impacto que o Mini original, mas é de extrema importância para a marca por permitir que entre na era dos carros elétricos. Descrito como sendo o “primeiro carro compacto premium puramente elétrico”, ele combina tudo o que gostamos em um carro da fabricante com uma motorização que não emite poluentes. A única coisa estranha é dizer que ele é o primeiro compacto EV e esquecer que a BMW, sua dona, lançou o i3.
Cooper SE
Visualmente, o Cooper SE é bem próximo do Mini que você pode ver nas ruas hoje em dia, com alguns detalhes que vieram do conceito apresentado no Salão de Frankfurt de 2017. Traz alguns elementos em amarelo brilhante na grade frontal e na capa dos retrovisores, mostrando que não é um Mini normal, assim como as rodas de liga leve com design retrô que vieram direto do protótipo. A ausência de uma saída de escapamento é mais uma indicação de que este carro não tem motor a combustão. Por fim, na parte de baixo, recebeu um assoalho praticamente fechado para reduzir o arrasto aerodinâmico.
No coração do carro está um motor elétrico, posicionado sob o capô no lugar onde normalmente estaria uma unidade a gasolina – algo curioso, já que muitas marcas posicionam o motor elétrico diretamente no eixo. Ele produz 184 cv, que movem as rodas dianteiras, com a promessa de manter a dinâmica parecida com a de um kart graças a um “inovativo sistema dinâmico de condução com um diferencial blocante próximo do atuador.”
Assim como todos os outros carros elétricos por aí, o torque máximo está disponível logo ao acelerar. Com 27,5 kgfm, o Mini Cooper SE vai de 0 a 60 km/h em 3,9 segundos, precisando de 7,3 segundos para alcançar os 100 km/h. A Mini ainda diz que o hatchback consegue correr de igual para igual com esportivos a combustão pelos primeiros 60 metros. Porém, a velocidade máxima é limitada a 150 km/h, para não acabar com a carga das baterias.
Falando nelas, o elétrico é equipado com um conjunto de baterias de íon-lítio de 32,6 kWh, o que lhe confere uma autonomia entre 235 e 270 km. A fabricante diz que isso foi calculado seguindo o ciclo de testes WLTP da Europa e defende o número mais baixo do que os rivais por questões de preço, pois instalar mais baterias faria com que ficasse ainda mais caro.
Na hora de recarregar, basta usar a porta de recarga localizada acima da roda traseira direita, o mesmo lugar do tanque de combustível dos outros Mini. Leva duas horas e meia para recuperar até 80% da carga com uma tomada de 11 kW, precisando de três horas e meia para chegar aos 100%. Se utilizar uma estação rápida de 50 kW, o tempo necessário para alcançar os 80% cai para 35 minutos.
Em termos de praticidade, o Cooper SE oferece os mesmos 211 litros de porta-malas que o modelo normal. Rebatendo os bancos, o espaço sobe para 731 litros. Ele é 18 milímetros mais alto, para aumentar o vão livre em relação ao solo.
O pacote de bateria aumentou um pouco o peso do carro, embora não muito já que compensou com a retirada do motor a combustão e a mecânica relacionada. Como consequência, o Cooper SE é cerca de 145 kg mais pesado do que o Cooper S de três portas e com transmissão Steptronic.
Para atrair os interessados, a Mini deixou o Cooper SE bem equipado. Vem com faróis de LED, ar-condicionado automático de duas zonas, central multimídia de 6,5″ com navegador e mais. Por um custo a mais, é possível colocar a tela sensível ao toque de 8,8″, acabamento em couro e ainda conta com quatro pacotes de visual com acabamento e rodas diferenciadas.
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