Vendas de automóveis e utilitários seguem em alta de 11%

De janeiro a maio foram emplacados pouco mais de 1 milhão de veículos leves

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Automóveis e utilitáriosAutomóveis e utilitários

Com pouco mais de 1 milhão de automóveis e utilitários emplacados de janeiro a maio, o mercado brasileiro de veículos leves segue sustentando alta de 11% na comparação com os mesmos cinco meses de 2018, em linha com as projeções de fabricantes e revendedores para 2019. As vendas diretas, em que o produto é faturado pelo fabricante diretamente ao consumidor final, como frotistas, locadoras, taxistas e pessoas com deficiência (PcD), sustentam os negócios, com 55,5% das compras este ano. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 3, pela Fenabrave, entidade que reúne os concessionários, com base nos arquivos do Renavam.

No melhor resultado mensal do ano até agora, em maio isoladamente os 234,2 mil veículos leves emplacados representaram crescimento de 5,8% sobre abril e aumento de 20,1% na comparação com o mesmo mês de 2018. Boa parte da diferença está no número maior de dias úteis em maio (22) ante abril (21).


– Faça aqui o download dos dados da Fenabrave


 

Foram emplacados 10.644 automóveis e comerciais leves por dia útil em maio, contra 10.538 em abril. Por isso, em volume diário de emplacamentos, a alta de um mês para outro é de apenas 1%.

VENDA DIRETA SUSTENTA MERCADO

 

As chamadas vendas diretas, em que os fabricantes faturam os veículos diretamente principalmente a frotistas, locadoras, taxistas e pessoas com deficiência (PcD), superaram este ano o varejo, com domínio de 55,5% dos negócios, enquanto as compras feitas por consumidores comuns nas concessionárias representaram 44,5% dos emplacamentos de janeiro a maio. A situação se inverteu na comparação com o mesmo período de 2018, quando 61,1% dos automóveis e utilitários emplacados foram negociados no varejo e 38,9% diretamente.

Em cinco meses deste ano foram emplacados 574,7 mil veículos leves pela via da venda direta, o que representa alta de impressionante variação de 58,5% sobre os 362,5 mil emplacamentos nesse segmento verificados no mesmo período de 2018. Já as vendas de varejo caíram 19%, de 569,5 mil entre janeiro e maio de 2018 para 460,8 mil em igual intervalo de 2019.

A liberalidade nas regras de vendas a pessoas com deficiência, com isenção de impostos para carros até R$ 70 mil que podem ser comprados por deficientes (até um dedo quebrado vale) ou seus parentes, provocou o aumento do faturamento dos fabricantes ao consumidor, fazendo saltar o a contabilização de vendas diretas. Embora automóveis para PcD sejam faturados diretamente ao comprador, a negociação é feita nas concessionárias – o mesmo ocorre para taxistas, também beneficiados pelo desconto de tributos na hora da compra do veículo.