Financiamento de veículos
Seguindo a tendência de projeção de crescimento para o mercado de veículos, seja da indústria, seja do setor de distribuição, os bancos de montadoras estimam que o crédito para o financiamento desses veículos também aumentará em 2019. Projeções divulgadas na quinta-feira, 7, pela Anef, associação que reúne os bancos de montadoras, indicam que deverá haver um novo ano de alta também para o sistema financeiro.
“Nossa estimativa é que os recursos liberados tenham um aumento de 12,8% em comparação com o fechamento que alcançamos no ano passado, que foi de R$ 125,4 bilhões, e agora estimamos R$ 141,5 bilhões. No caso do saldo de financiamento, projetamos um crescimento de 11,8%, passando de R$ 201,6 bilhões para R$ 225,3 bilhões”, projeta o presidente da Anef, Luiz Montenegro.
Crédito liberado para o financiamento em 2018
Em 2018, o total de crédito liberado para o financiamento de veículos ficou 24% acima do registrado no ano anterior, mostram os números da entidade, o que demonstra que os bancos de montadoras e outras instituições financeiras possuem a liquidez necessária para atender a demanda atual. Para Montenegro, após o período de crise, os brasileiros estão investindo novamente na compra de bens com valores mais elevados.
Confiança no crescimento econômico
“Mantemos nossa confiança no crescimento econômico e no desenvolvimento social. Mais uma vez, como foi em 2017, nossas expectativas foram superadas e, após um período de recessão, o financiamento volta a crescer, e ser uma possibilidade para quem quer comprar um veículo. Com a queda da taxa básica de juros, que fechou 2018 em 6,5%, e outros fatores econômicos favoráveis, conseguimos garantir uma previsibilidade que gera mais confiança ao consumidor”, defende o executivo.
O crescimento do crédito
O crescimento do crédito refletiu no saldo das carteiras em 2018, que subiu 18% na comparação com o ano anterior, para R$ 201,6 bilhões. Deste total, o CDC respondeu pela maior parte das operações R$ 198,2 bilhões, alta de 18,7%. Já as operações de leasing diminuíram 8,1%, fechando 2018 em R$ 3,4 bilhões.
Com isso, o CDC respondeu por 52% dos financiamentos, pagamentos à vista foram 43% do total de compras de veículos, seguido por consórcios, com 4%, e leasing, com apenas 1%. Para os veículos pesados, que considera as vendas de caminhões e ônibus, o Finame representou 55% dos contratos, seguido pelo CDC, com 27%, compras à vista foram 10%, consórcios responderam por 5% no segmento e leasing, 3%.