T-Cross
Dentro da estratégia já largamente adotada de lançar um carro em pílulas, desta vez a Volkswagendivulgou fotos do T-Cross rodando em testes no Brasil. Segundo a fabricante, está “em fase final de testes” o SUV compacto que começa a ser produzido comercialmente em São José dos Pinhais (PR) no início de 2019. Depois de mostrar rascunhos do design do carro em agosto passado (leia mais aqui), agora foi a vez de revelar algumas informações técnicas, como dimensões, motorização, sistema de infoentretenimento e dispositivos de segurança.
Plataforma modular MQB
O T-Cross é a carroceria SUV da plataforma modular MQB compacta (alguns chamam de MQB-A) que chegou ao Brasil no ano passado com o hatch Polo e, logo depois, no sedã Virtus, ambos fabricados na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Será o primeiro utilitário esportivo nacional da marca – que promete lançar cinco SUVs por aqui até 2020, o primeiro deles o importado Tiguan Allspace já lançado este ano. A fábrica da Volkswagen no Paraná recebe R$ 2 bilhões em investimentos para produzir o T-Cross. Já foram iniciados os testes de produção, mas o lançamento no mercado brasileiro está previsto até o fim do primeiro trimestre de 2019, quando todas as concessionárias da marca terão o carro para vender.
A Volkswagen afirma que o T-Cross terá o maior entre-eixo da concorrência entre SUVs compactos no País, com 2,65 m – quase a mesma medida do irmão sedã Virtus e 9 cm mais longo que o irmão europeu e o hatch Polo, todos derivados da mesma família MQB-A. Com isso, garante bom espaço interno para até cinco ocupantes. O comprimento total do T-Cross é de quase 4,2 m, com 1,57 m de altura (10 cm mais alto que o europeu). A capacidade do porta-malas é variável entre 373 e 420 litros, dependendo da posição do banco traseiro.
A fabricante também confirmou duas opções de motores bicombustível etanol-gasolina, ambos turbinados e com injeção direta de combustível, fabricados em São Carlos (SP): o 1.0 200 TSI Total Flex de até 128 cv e o 1.4 250 TSI Total Flex de até 150 cv. Ambos deverão ser combinados ao já bastante popular câmbio automático de seis velocidades da japonesa Aisin, ainda importado.
Versões com faróis halógenos
O T-Cross terá versões com faróis halógenos ou full-LED, mas ambas terão iluminação de condução diurna em LED – no primeiro caso integrada no módulo dos faróis de neblina ou acima na carcaça do farol.
Como derivado da plataforma MQB, o T-Cross também compartilha toda a arquitetura eletroeletrônica, por isso vai oferecer as mesmas opções de infoentretenimento, conectividade e interfaces. Por exemplo, assim como Polo e Virtus, terá como opcional nas versões de topo o quadro de instrumentos totalmente digital “Active Info Display”. Também terá à disposição o sistema de multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas. Quatro entradas USB (duas na frente, duas atrás) garantem conexão e energia para os smartphones. Outro opcional é o sistema de travamento e partida “Kessy”, por aproximação, sem chave.
Além de sensores dianteiro e traseiro para estacionamento, o T-Cross também poderá ser equipado com o sistema “Park Assist 3.0”, que permite o estacionamento autônomo em vagas paralelas e transversais – e agora com a função de freio de manobra.
Entre os sistemas de segurança ativa, a Volkswagen informa que todas as versões do SUV serão equipadas com ESC (controle eletrônico de estabilidade), frenagem automática pós-colisão e detector de fadiga (alerta a perda de concentração do motorista e recomenda uma pausa para descanso).