A Bridgestone Americas reconhece seis agentes de mudança que terão impacto no futuro do segmento de pneus e borracha. Os avanços tecnológicos, as mudanças regulatórias, a necessidade de sustentabilidade ambiental, a busca pela condução automatizada e as mudanças na demografia mundial e nos comportamentos sociais.
Segundo Steve Charles, vice-presidente de Desenvolvimento de Produtos da Bridgestone Americas Tire Operations em Akron, Ohio, nos Estado Unidos, essas são as forças motrizes que a Bridgestone leva em consideração para a pesquisa e desenvolvimento de pneus.
Pesquisas da Reserva Federal dos Estados Unidos e das Nações Unidas preveem um crescimento da classe média em nível mundial de 5 para 25% entre 2005 e 2030. Sendo assim, um número maior de pessoas poderá comprar seus próprios veículos.
As pesquisas também revelam que motoristas mais velhos têm maior probabilidade de escolher conforto em vez de velocidade, além de buscar algum nível de controle autônomo e comprar veículos pensados para viagens mais curtas.
Charles afirma que a iniciativa inovadora da Bridgestone em relação aos fatores ambientais reduzirá o peso de seus produtos. “Um dos nossos principais focos é incorporar novos materiais e reforços que possamos utilizar para reduzir a massa de nossos produtos, beneficiando tanto a sociedade como o meio ambiente”.
Com a redução do peso e a necessidade de melhorar a reciclagem de pneus, a Bridgestone pretende oferecer um produto totalmente sustentável e reciclável no futuro. O objetivo final, para 2050, é que toda sua linha de produtos seja completamente sustentável.
Com a demanda de que os fabricantes de automóveis atendam a padrões corporativos cada vez mais altos de economia de combustível, a resistência ao rolamento continua sendo uma das principais áreas de pesquisa e desenvolvimento.
A Bridgestone está usando mais modelagem computadorizada no desenvolvimento de tecnologias para pneus e, como consequência, um dos benefícios foi a redução do tempo para lançamento de novos produtos no mercado. “Agora, podemos modelar, fabricar, testar e lançar ao mercado”, afirma Charles.
O que esperar no futuro próximo?
De acordo com Charles, estes são alguns dos exemplos do que podemos esperar no futuro próximo:
• Convergência de classes de pneus – é possível continuar avançando rumo à comoditização.
• Independentemente das características de desempenho, pode haver um desgaste no valor dos atributos de desempenho dos pneus.
• Maior redução da resistência ao rolamento para auxiliar na economia de combustível e no cumprimento de outras regulamentações relacionadas ao CO2.
• Aplicação de tecnologia de sensores para pneus inteligentes, principalmente para a coleta de dados em veículos autônomos e para a manutenção de frotas.
• Maior sustentabilidade ao utilizar borracha feita a partir de biomassa, por exemplo.
• Materiais aprimorados, maior sustentabilidade e sistemas de ligação cruzada reversível para permitir a reciclagem total dos pneus.
• Mudanças no design dos pneus para que sejam mais altos e finos, principalmente para uso em veículos elétricos.
• Maior uso da modelagem para a previsão do desempenho e o design dos pneus, aumentando a velocidade e diminuindo os custos de desenvolvimento.
• Forte ênfase na mobilidade estendida; por exemplo, com pneus run-flat, autosselantes e com tecnologia não pneumática.