Faturamento das empresas de autopeças inicia o ano com queda de 6,7%

Exportações e vendas às montadoras puxaram setor para baixo e situação tende a piorar com Covid-19

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O faturamento das fabricantes de autopeças em janeiro caiu 6,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi puxado para baixo pela retração em 26,2% nas exportações (na análise em dólares) e também pela queda de 8% nas vendas às montadoras. A comparação com o faturamento total de dezembro revela alta de 35,1% e o acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 4,7%.

Os números foram divulgados pelo Sindipeças, sindicato que reúne empresas do setor. A entidade admite que a situação tende a se agravar em razão da pandemia de Covid-19 causada pelo coronavírus e de outras “fragilidades” do País, como a falta de competitividade.

Das grandes fontes de receita, somente o mercado de reposição anotou alta em janeiro, 7,3% pela comparação interanual. A venda intrassetorial também cresceu, 3,2%, mas sua participação no faturamento anual dos fabricantes de autopeças é pequena, abaixo dos 4%.

EMPREGOS RECUARAM QUASE 5% NOS ÚLTIMOS 12 MESES

 

O levantamento do Sindipeças informa que o emprego nacional no setor de autopeças recuou 6,5% na comparação com janeiro do ano passado e o acumulado dos últimos 12 meses aponta retração de 4,9% nos postos de trabalho.

A utilização da capacidade instalada em janeiro foi de 69%. Quando se descarta o resultado de dezembro (62% em razão de férias coletivas), esses 69% do primeiro mês de 2020 foram o pior índice desde março do ano passado. O melhor resultado em meses recentes ocorreu em outubro de 2019, com pico de 74% de utilização da capacidade.