Temor de nova condenação na OMC trava Rota 2030. A indústria brasileira de autopeças exportou total de US$ 5,41 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, o que representou alta de 10,5% em relação aos embarques para o exterior no mesmo período do ano passado. Apesar de o setor ainda registrar déficit no acumulado do ano, de US$ 4,1 bilhões, as importações subiram no período menos do que as exportações.
A compra de autopeças lá fora atingiu US$ 9,51 bilhões, resultado 8,9% superior ao do período janeiro-setembro de 2016, segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços consolidadas pelo Sindipeças. Desde maio, segundo a entidade que representa a indústria de autopeças, o crescimento das exportações do setor supera o das importações quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.
Outro dado importante destacado pelo Sindipeças é que há cinco anos as exportações do setor vinham em queda. Esse é o primeiro anos desde 2012 que o desempenho na área é positivo. Até setembro de 2016, por exemplo, a queda acumulada das vendas externas de autopeças atingia 16%.
OMC trava Rota 2030
De acordo com nota da entidade, “além de representar o avanço sustentado das vendas para outros mercados, o desempenho deste ano simboliza o esforço dos fabricantes de autopeças em atender, principalmente no mercado de reposição, estratégia comercial das montadoras brasileiras em prática desde o segundo semestre do ano passado”.
As exportações de autopeças totalizaram US$ 666,3 milhões em setembro, resultado 4,6% inferior ao de agosto mas 22,4% superior ao do mesmo mês de 2016. Do lado das importações, o resultado foi positivo tanto na passagem mensal (12,4%) como na comparação interanual (2,8%).
Dos 180 mercados compradores de autopeças brasileiras, a Argentina continua sendo o principal parceiro do Brasil. As exportações para o país vizinho atingiram US$ 1,67 bilhão até setembro, com crescimento de 23% sobre os primeiros nove meses de 2016. Em segundo lugar vêm os Estados Unidos, com a compra de US$ 893,6 milhões este ano, 11,6% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Quanto à origem das nossas importações, a China assumiu o topo desse ranking em agosto, desbancando os Estados Unidos. De janeiro a setembro a China mandou para o Brasil total de US$ 1,14 bilhão em autopeças, 27,9% a mais do que os US$ 890,7 milhões do mesmo período de 2016.