IPI de Veículos elétricos
(O Estado de S. Paulo) O ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho Filho, disse que o governo estuda reduzir o IPI de veículos elétricos, hoje em 25%. A ideia é aplicar a mesma a alíquota do imposto cobrado sobre veículos “flexfuel” que, segundo o ministro, é de 7,5%.
“Queremos pelo menos igualar aos 7,5%. Alguns defendem até que seja menos que isso”, afirmou. O ministro recebeu ontem um veículo elétrico, adapta-do pela usina de Itaipu. O modelo, um Renault Fluence preto, será o carro oficial do ministro. Um eletroposto, que servirá para recarregá-lo, foi instalado em frente ao edifício do MME.
Veículos elétricos ainda não são populares no Brasil
Embora já seja realidade em alguns países do mundo, os veículos elétricos ainda não são populares no Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começou a discutir uma regulamentação para a infraestrutura de postos de recarga para esses veículos, que poderá ser explorada por distribuidoras e também por terceiros.
Aneel disse ser contra a criação de subsídios para o setor
Mesmo sendo alto o custo do veículo elétrico e de sua recarga, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse ser contra a criação de subsídios para o setor. “Não podemos mais uma vez inaugurar um novo subsídio cruzado no setor elétrico. A infraestrutura de reabastecimento não é barata e não parece razoável que seja paga por todos consumidores”, afirmou. “O usuário do veículo elétrico deve ter sinal de preço para custear isso”.
O ministro concordou com a opinião de Rufino. “A escala dos veículos elétricos vai se dar quando as condições estiverem lançadas. A indústria, quando sentir que o ambiente é propício a isso, vai investir”, afirmou. “Ainda é caro, mas a solução não é criar subsídios. A gente luta incansavelmente para reorganizar o setor em relação a todos os subsídios que foram criados no passado”.