As mulheres vão dominar o Brasil, de moto!

Elas pilotam, customizam, organizam eventos, competem e manjam tudo sobre motos. As mulheres vão dominar o Brasil em cima de uma motocicleta! Veja algumas das principais mulheres que respiram motociclismo no país!

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Empoderamento femininoEmpoderamento feminino

De acordo com dados do Denatran analisados pela Abraciclo o número de mulheres habilitadas na categoria A da CNH, aquela dedicada a motos, cresceu 89,2% no Brasil em oito anos. Elas estão pilotando mais, falando mais de moto e competindo mais.

Alguns dos reflexos na alta desse número são o empoderamento feminino, levando mais mulheres para a estrada, novas tecnologias e modelos de motos mais atrativos para as mulheres iniciantes, como o avanço do mercado de scooters no país.

De fato, as mulheres vão dominar o Brasil de moto, por isso nesse artigo trazemos algumas mulheres conhecidas, amigas e que fazem diferença nesse segmento no país.

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Número de mulheres habilitadas quase dobrou

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) analisados pela Abraciclo, em 2011 havia 4.013.566 pessoas do sexo feminino com carteira de habilitação da categoria A. Em 2019, esse número saltou para 7.594.452 mulheres, representando uma alta de 89,2% em oito anos.

Na avaliação de Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, os fatores que contribuem para essa alta são a praticidade da locomoção, os avanços tecnológicos e lançamentos de modelos mais atrativos para as mulheres.

“As empresas entenderam que vale a pena investir nesse público que é fiel e exigente. Além disso, a motocicleta é muito mais econômica e tem baixo custo de manutenção. Ou seja, ela se torna um veículo prático e viável para o dia a dia”, diz Marcos.

Realmente a praticidade da motocicleta nos dias de hoje, onde o trânsito está cada vez mais saturado e manter um carro é muito mais caro, tem se tornado a opção de muita gente. E as motos de entrada tem se tornado a escolha de grande parte desse grupo.

Empoderamento feminino
Tati
Mulheres de Scooter by Tati

Um exemplo de escolha pela praticidade é da publicitária Tatiana Sapateiro, de 58 anos, que adquiriu um Scooter há pouco mais de dois anos e usa para ir ao trabalho, supermercado e passeios.

“Não suportava mais o trânsito da capital paulista. Levava cerca de uma hora e meia para ir de casa até o trabalho. Até que resolvi testar e nunca mais deixei a moto”, afirma Tatiana.

Aliás, a paixão de Tatiana foi tanta que ela acabou criando um conteúdo exclusivo para mulheres que curtem andar de scooter. Segundo ela, a ideia inicial era apenas fazer passeios, mas a página cresceu e hoje elas tiram dúvidas e trocam ideias, principalmente com jovens pilotas.

Empoderamento feminino
Bruna Wladyka
Bruna Wladyka (BMS/Elas Pilotam)

Lugar de mulher é atrás do guidão (ou onde ela quiser)

As mulheres também não estão interessadas apenas em pilotar scooters, elas querem motos maiores, competições, organizar eventos, falar de motos e criar um ecossistema favorável para as mulheres em todas as frentes que envolvem motocicleta.

Esse é o caso de Bruna Wladyka, responsável por um dos eventos mais insanos do motociclismo nacional (BMS Motorcycle) e do movimento #ElasPilotam, que preza pela sororidade e tem objetivo de encorajar mulheres apaixonadas pelas motos a comandarem sua própria liberdade.

Bruna acaba de ser convidada para representar o Brasil no projeto Build, Train, Race da Royal Enfield nos EUA onde ela terá que preparar sua moto, treinar em uma pista oval indoor e competir com outras três mulheres em uma etapa no Flat Out Friday (veja mais).

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Amanda Pagliari-Motoplay
Amanda Pagliari (Motoplay)

Mulheres também falam de moto

Outra pessoa importante no cenário de motocicletas do Brasil é Amanda Pagliari. Ela é produtora de conteúdo sobre motociclismo, criadora do site Mulheres de Moto e apresentadora do canal no youtube que tinha o mesmo nome (hoje é Canal Motoplay).

“Em 2009, quando criei o site mulheresdemoto.com.br era raro ver mulheres motociclistas nas ruas e na internet. Hoje o número de mulheres cresce a cada dia e isso me deixa feliz e me dá forças para continuar com o trabalho que comecei há 10 anos”, explica Amanda.

Hoje seu conteúdo é consumido por todo tipo de público e atinge milhares de pessoas todo mês com vídeos de testes de motos, dicas de manutenção e muito mais.

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Gisele Fávaro (Conexão Duas Rodas)

Elas também viajam muito mais de moto

Assim como o aumento no número de mulheres habilitadas, elas também têm viajado cada vez mais de moto. E aqui, a lista delas que raramente conseguem sossegar muito tempo paradas sem uma viagem de moto, é grande.

Minha amiga Gisele Fávaro, que antes mesmo de terminar as aulas na autoescola já tinha sua moto, é um exemplo disso. Mineirinha do interior e criadora do recente canal Conexão Duas Rodas no youtube, ela viaja o Brasil atrás de aventuras em sua moto.

“Viajar de moto é deixar pra traz todos os problemas e se entregar de alma e coração ao abraço que a estrada te dá! É pertencer a paisagem, é se encantar com cada detalhe da natureza, é fazer amigos de graça, é ter um mundo de oportunidades, é ser LIVRE” exalta Gisele.

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Rebeca Bonel (Bizoca Viajante)

Rebeca Bonel, mais conhecida como “Bizoca Viajante” é outro exemplo disso. A jovem de 25 anos, em apenas uma de suas viagens, percorreu mais de 8 mil km pela América do Sul em cima de uma pequena moto de 125 cc, no caso uma Biz, por isso o apelido.

“Viajar com a moto é poder sentir a liberdade de perto, saber que podemos ir onde e quando quiser. Ser parte de um grupo apaixonado pelo vento no rosto, compartilhar destinos e trocar experiências com pessoas que nunca imaginou conhecer na vida, mas que são unidos pela mesma paixão, as duas rodas”, afirma Bizoca.

Hoje Rebeca, ou Bizoca, vive em uma das regiões da serra catarinense mais conhecidas e respeitadas por todos os motociclistas, na cidade de Urubici, muito próximo da Serra do Rio do Rastro, e continua com seus planejamentos e viagens.

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Steph Rosa (Dark Rose)

As mulheres também ditam o estilo em cima das motos

Não é só questão de gostar de motos, pilotar motos e customizar motos. Há mulheres que fazem tudo isso e muito mais, como é o caso da minha amiga Steph Rosa, criadora da marca Dark Rose.

Além de pilotar sua Harley por aí, ela é responsável por vestir a galera das motos com estilo e tem uma das marcas mais autênticas de roupas para motociclistas. Seus macacões são reconhecidos de longe.

“A ideia da marca surgiu da minha própria necessidade em encontrar na cena roupas feitas pra mim, mulher, sem a necessidade de reformar uma peça masculina. Quando vemos as peças que nós mesmos criamos ser associadas a rolês e parcerias entre a galera é algo impagável“, comenta Steph.

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Bárbara Neves (Pilota Honda Racing)

Elas mandam muito nas competições

Com apenas 19 anos de idade Bárbara Neves já se tornou a primeira mulher a integrar o time oficial na história da Honda Racing Brasil, é a atual bicampeã brasileira do Enduro da Independência e é bicampeã latino-americana de Enduro.

Ao todo são seis anos de experiência e mais de onze títulos (três títulos brasileiros) no currículo da jovem pilota da cidade de Goiânia.

“O motociclismo para mim é uma verdadeira família, na qual conhecemos pessoas maravilhosas e desfrutamos de visuais fascinantes. Levarei isso para o resto da minha vida“, diz Bárbara.

Que o Brasil seja dominado pelas mulheres de moto

A lista de mulheres importantes para o segmento de motocicletas no Brasil é gigante e está crescendo ainda mais a cada dia, então, que o Brasil seja dominado pelas mulheres de moto!