Produção de motos
A produção de motos em março foi a melhor do ano, com 101,4 mil unidades fabricadas em Manaus (AM) e alta de 7,4% sobre fevereiro. O crescimento no setor destoou da desaceleração na indústria automobilística porque as fábricas instaladas no Amazonas pararam um pouco mais tarde que no restante do País.
O aumento da produção em março também foi motivado pelo maior número de dias úteis (22, ante 19 em fevereiro) e por causa das vendas aquecidas. Das dez associadas à Abraciclo, entidade que reúne fabricantes do setor, sete registraram alta na produção em março. No acumulado do ano foram fabricadas 296,1 mil motos, 7% a mais que no primeiro trimestre de 2019.
A Abraciclo recorda que a interrupção da produção nas fábricas foi motivada não só como medida preventiva à Covid-19, mas também pela perspectiva de baixa atividade comercial em todo o País. “Os resultados serão sentidos no balanço de abril”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
VENDAS NO ATACADO
Diferentemente da produção, as vendas no atacado começaram a refletir em março as dificuldades do comércio por causa da pandemia. As fábricas de Manaus repassaram às concessionárias 92,9 mil motos, volume 0,9% menor que o de fevereiro. No acumulado do ano foram 277,4 mil motos, apenas 2,5% a mais que em igual período do ano passado.
EXPORTAÇÕES
As exportações em março somaram 2,7 mil motos, volume 14% mais alto que o de fevereiro. No acumulado, porém, as 6,8 mil unidades enviadas ao exterior apontam queda de 40% em relação ao primeiro trimestre de 2019. A Argentina permanece como principal destino das motos brasileiras (40% do total) e explica a retração no comércio exterior.
O segundo maior destino são os Estados Unidos. Os números aguardados para abril serão ainda piores por causa das medidas adotadas pelo Brasil e seus parceiros comerciais para impedir o avanço do coronavírus.
LICENCIAMENTOS
O total de emplacamentos em março foi de 75,3 mil unidades, recuando apenas 5,6% na comparação com fevereiro. A queda foi amenizada pela demanda aquecida no segmento de entregas como consequência do isolamento social e aumento de pedidos de comida e mercadorias por telefone e internet. O trimestre teve 246,8 mil unidades licenciadas, 4,6% a menos na comparação com iguais meses do ano passado.