Controle de estabilidade
As motocicletas também têm controle de estabilidade? – Paulo Martins, Porto Alegre (RS)
Não, porque o sistema atrapalharia a condução, já que elas têm só duas rodas. Uma das principais características do controle de estabilidade (conhecido no Brasil pela sigla ESP) é a capacidade de frear uma ou mais rodas de forma automática, sem a ação do motorista.
O problema é que acionar o freio dianteiro de uma moto quando ela é inclinada para realizar a curva fará com que ela tenha tendência a ficar de pé.
Ou seja, quando o ESP detectasse o risco da moto perder o controle em uma curva, ele iria freá-la, fazendo com que ela perdesse a inclinação e piorasse ainda mais a curva.
Por conta disso, as fabricantes de motocicletas criaram uma versão avançada do ABS com distribuidor eletrônico de frenagem (EBD).
Nela, o sistema considera também a inclinação da moto e pode transferir a força dos freios entre as duas rodas independentemente de qual deles o piloto acionou, permitindo frenagens dentro das curvas.
Outra diferença é que o ABS das motos possibilita que o piloto dose os freios entre os eixos de maneira quase independente, algo não possível nos carros.
O controle de tração, no entanto, não só pode ser aplicado nas motocicletas como está se tornando comum em modelos esportivos.
Em motos de alta cilindrada o controle não só impede que a roda traseira perca tração, como também pode limitar ou até eliminar a possibilidade da moto empinar.
Carro ou moto?
Outras coisas típicas de automóveis que motos também podem receber são sistema multimídia com GPS, suspensão com altura ajustável, rádio, controlador de velocidade e até ar-condicionado e airbags.
Estes dois últimos itens estão presentes na Honda Goldwing, um dos modelos mais tradicionais da marca japonesa.
Feita para longas viagens, a Goldwing tem climatização para os pés do piloto, sistema de comunicação entre condutor e garupa por fone de ouvido embutido no capacete e até marcha a ré.