Produção de motos
A produção de motos crescerá apenas 6,1% em 2020, somando 1,17 milhão de unidades. Os fabricantes instalados em Manaus (AM) preveem 1,14 milhão motocicletas emplacadas e alta de apenas 5,8% sobre 2019. As exportações cairão ainda mais, especialmente por causa da retração no mercado argentino, e devem fechar o ano com apenas 28 mil unidades. As projeções foram divulgadas pela Abraciclo, entidade que reúne empresas do setor de motos e bicicletas.
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“Não há nada muito claro que indique que o País vai mesmo crescer este ano. A projeção de alta do PIB é pequena [2,2%]. Esperamos um pequeno aumento nas vendas sobretudo pela melhora na oferta de crédito”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. |
O executivo recorda que as exportações serão prejudicadas não só pela Argentina. Chile, Bolívia e Venezuela também devem gerar impacto negativo nas vendas externas.
A produção de 2019 fechou em 1,11 milhão de motos, anotando alta de 6,8%. O crescimento foi puxado pelo mercado interno, que absorveu 1,08 milhão de unidades, registrando alta de 14,6%.
“O aumento ocorreu por causa da oferta de crédito das financeiras tradicionais e também pelos bancos digitais”, recorda Fermanian. Exceto em julho, todos os outros meses de 2019 tiveram média diária de emplacamentos acima de 4 mil unidades. Em 2018 isso só ocorreu em dezembro.
A participação das vendas por Crédito Direto ao Consumidor (CDC) passou de 41,4% para 43,9% de 2018 para 2019. Como consequência, o consórcio perdeu espaço (de 26,9% para 23,1% no mesmo intervalo).
O setor voltou a empregar
Os dados de emprego no setor até setembro indicavam 13,3 mil vagas. Segundo Marcos Fermanian, até o fim de dezembro o número chegou a cerca de 13,5 mil trabalhadores (nível semelhante ao de 2016), mil a mais do que em 2018. “Esse total deve crescer cerca de 6% em 2020, assim como a produção”, estima o presidente da Abraciclo.
Assista ao vídeo com Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo: