O mercado de motos
O mercado de motos costuma ter bom desempenho em março e este ano não foi diferente. Com 82,9 mil unidades, o segmento registrou alta de 37% sobre fevereiro. O crescimento sobre o mês anterior não ocorreu somente pelo maior número de dias úteis. A média diária de emplacamentos subiu 7,4% e passou a 3,6 mil unidades.
“É um período favorecido pela chegada à rede dos modelos 2017/2017. Muitos consorciados usaram suas cartas em março para pegar uma moto com ano-modelo atualizado”, afirma o diretor comercial da Honda, Alexandre Cury.
No acumulado do ano
No acumulado do ano, porém, as 211 mil motos licenciadas em todo o País resultam no pior primeiro trimestre desde 2004. A queda em relação ao mesmo período de 2016 é de 26,3%. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias.
Embora com retração de 13% em suas vendas, a Honda ainda é a líder com folga e detém 78,2% do mercado. A participação da Yamaha subiu de 2016 para cá e está em quase 13%. Além das boas vendas dos modelos urbanos de 125 e 150 cc (Factor e Fazer), a fabricante conta também com dois scooters de baixa cilindrada (125 e 160 cc) que responderam juntos por cerca de 40% do segmento neste primeiro trimestre.
Os destaques negativos
Os destaques negativos ficam por conta da Dafra e da Suzuki. A primeira teve 2,1 mil unidades emplacadas no período, recuando 49,5% ante o primeiro trimestre de 2016. Da Suzuki foram registradas 2,2 mil unidades, queda de 34,2%.
BMW e Harley-Davidson
A retração também foi grande para a BMW. Ela permanece na ponta entre as marcas com tradição em alta cilindrada, mas teve menos de 1,4 mil licenciamentos no trimestre e anotou queda de 27,2%.
A Harley-Davidson registrou 1,2 mil unidades, cresceu 31,8% sobre o primeiro trimestre de 2016 e voltou ao segundo lugar entre as fabricantes com tradição em motos grandes.