BR Distribuidora e Lojas Americanas
SÃO PAULO (Reuters) – BR Distribuidor e Lojas Americanas assinaram memorando de entendimentos não vinculante para guiar estudos sobre a viabilidade de uma possível parceria estratégica no segmento de lojas de conveniência da BR, conforme comunicados divulgados pelas companhias.
“A assinatura desse memorando representa mais uma etapa no processo de definição do novo modelo de negócio de conveniência e da possível parceria, que tem como objetivo promover a expansão da BR neste segmento e maximizar a geração de valor para a companhia, bem como para seus revendedores”, acrescentou a BR, que atua na distribuição de combustíveis.
A BR ainda destacou que o processo competitivo para definição do parceiro está sendo conduzido pela BR Partners e conta, ainda, com a participação de outros potenciais candidatos.
“As discussões entre a LASA e a BR Distribuidora encontram-se em estágio preliminar e não vinculante, permanecendo indefinidos quaisquer termos ou condições relevantes dessa possível Parceria Estratégica, incluindo estrutura, prazo e valores”, disse a varejista em fato relevante.
Por volta de 10:25, as preferenciais da Lojas Americanas subiam 2,7%, a 18,5 reais, respondendo pela maior alta do Ibovespa, que avançava 0,9%. BR Distribuidora tinha elevação de 1,5%.
Para o analista Andres Estevez, da Brasil Plural, o anúncio representa um avanço nas discussões e pode ser um importante impulsionador de Lojas Americanas caso a parceria seja firmada, pois permitiria à empresa acelerar rapidamente seus negócios em lojas de conveniência.
Analistas do Itaú BBA ponderaram que o interesse da Lojas Americanas em um acordo com a BR Distribuidora não é novo, pois as empresas negociam desde 2016, sendo que a novidade no anúncio é celebração de um memorando de entendimento.
“Embora vejamos a parceria como um meio de crescimento para a Lojas Americanas, o impacto geral da expansão por meio do formato de loja de conveniência é relativamente pequeno”, avaliam, ressaltando que a notícia vem três semanas após o anúncio da joint venture entre Raízen, da Cosan e Shell, e Femsa para operar lojas de conveniência e proximidade no Brasil, trazendo mais competitividade ao formato no país.