SP terá rota de hidrogênio
“Será uma revolução no transporte brasileiro. A tecnologia está aí e, com uma dose de incentivo, teremos usinas de etanol produzindo também o hidrogênio verde”, afirma o governador
O presidente da InvestSP, Rui Gomes, também esteve na visita à fábrica: “A agência atuará na busca para desenvolver o ecossistema do hidrogênio obtido a partir do etanol, olhando todas as necessidades e também o processo de licenciamento ambiental.”
De acordo com Gomes, além de estabelecer a rota logística de implantação dos locais de abastecimento com hidrogênio, o projeto prevê a participação de universidades como USP, Unesp e Unicamp e a identificação de parceiros capazes de produzir e fornecer o hidrogênio. O presidente da agência recorda que Shell e Raízen já têm um projeto piloto nesse sentido.
A rota de hidrogênio faz parte dos planos da GWM de se tornar neutra na emissão de carbono até 2045. “A GWM do Brasil pode inclusive contribuir para o atingimento dessa meta antes do prazo-limite por causa do protagonismo do Brasil na geração de energia elétrica renovável e forte vocação para a produção de biocombustíveis e hidrogênio verde”, afirma o CEO para as Américas da companhia, James Yang.
O valor a ser gasto na rota está incluído nos R$ 4 bilhões que a empresa colocará no Brasil até 2026. As rotas por onde passarão os veículos a hidrogênio serão definidas pelo governo e InvestSP.
Great Wall fornece célula de combustível
A fabricante de origem chinesa tem uma divisão chamada FXTX que produz as células de combustível a hidrogênio. Elas já equipam caminhões de outras marcas que operam, por exemplo, nos arredores de Pequim.
Para o Brasil, os caminhões a hidrogênio participantes do projeto terão a marca GWM e serão importados. Ainda não há previsão de produção local nem dos caminhões nem da célula a combustível.
Para a fábrica de Iracemápolis estão previstos inicialmente dois automóveis, um SUV e uma picape. A fábrica terá 2 mil colaboradores e pretende investir R$ 10 bilhões no Brasil, sendo os primeiros R$ 4 bilhões até 2026 e o restante até 2031.