Petrobras abre processo para vender 50% do Polo Marlim, na Bacia de Campos

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Polo MarlimPolo Marlim

SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras informou nesta segunda-feira o início de processo para venda de 50% de sua participação nas concessões do importante Polo Marlim, em águas profundas da Bacia de Campos.

O complexo, que compreende os campos Marlim, Voador, Marlim Leste e Marlim Sul, é o terceiro maior do Brasil e o quarto maior empreendimento “offshore” das Américas em termos de produção, destacou a estatal, que apontou ainda perspectivas promissoras para o ativo após atividades de revitalização.

Apesar do processo de negociação de fatia nos ativos, a Petrobras vai se manter como operadora dos campos, acrescentou a estatal, em fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A operação, na qual a Petrobras é assessorada pelo Scotiabank, vem em meio a um amplo programa de desinvestimentos da companhia, que detém 100% dos ativos do Polo Marlim.

O campo de Marlim, primeiro do polo, foi descoberto em 1985 e teve início da produção em 1991, segundo material divulgado pela Petrobras.

Os campos de Marlim e Voador, a cerca de 150 quilômetros da costa, produziram em média cerca de 68,9 mil barris de óleo por dia entre janeiro e outubro de 2020 e 934 mil m³/dia de gás, detalhou a estatal.

Marlim Leste produziu em média 38,5 mil barris de óleo/dia e 615 mil m³/dia de gás no mesmo período, enquanto Marlim Sul teve produção média de 109,6 mil barris de óleo/dia e cerca de 2 milhões de m³/dia de gás de janeiro a outubro.

Em material de divulgação sobre o desinvestimento, a Petrobras definiu o Polo Marlim como uma “oportunidade única”, uma vez que possui prazo de concessões até 2052.

Além disso, disse a empresa, há potencial significativo no pré-sal.

O polo representa a maior acumulação de petróleo em pós-sal no Brasil, com mais de 20 bilhões de barris em volume de petróleo “in place”´(VOIP), acrescentou.