SÃO PAULO (Reuters) – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) iniciou o ano com menor pressão ao subir 0,43 por cento em janeiro, contra alta de 0,83 por cento no mês anterior, diante da forte desaceleração dos preços no atacado.
O resultado divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,50 por cento.
Os preços no atacado apresentaram menos força no início deste ano. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) avançou 0,34 por cento em janeiro, contra alta de 1,10 por cento no mês anterior. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
No IPA, a alta dos preços das Matérias-Primas Brutas caiu de forma acentuada, registrando 0,24 por cento em janeiro depois de avanço de 2,08 por cento em dezembro. A FGV destacou para esse resultado os preços do minério de ferro, da soja e das aves.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) por sua vez registrou alta de 0,69 por cento, acelerando ante 0,33 por cento de dezembro. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
O IPC foi especialmente pressionado pelo grupo Educação, Leitura e Recreação, cujos preços avançaram 4,15 por cento, ante avanço de 0,95 por cento em dezembro. A FGV destaca o item cursos formais como destaque para a alta.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) acelerou a alta a 0,41 por cento em janeiro, contra 0,35 por cento antes. O INCC que representa 10 por cento do IGP-DI.
IGP-DI
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Thaís Freitas)