O mercado de fluidos para eixo diferencial

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Quando pensamos em lubrificação de veículos comerciais (caminhões e ônibus), sem dúvida o óleo de motor ocupa a primeira posição em nossa memória. De fato é assim também para as frotas e donos desse tipo de veículo.

O gasto com lubrificante mais recorrente e de maior impacto é com o motor. Em segundo lugar na lista, porém de forma mais discreta, vem o óleo de eixo diferencial. Apesar de menos falado, esse produto é uma peça muito importante no processo de manutenção dos veículos comerciais.

Neste artigo será abordada a dinâmica do mercado de fluidos para eixo diferencial: como é o perfil da frota circulante, o que utilizam os veículos e o que os fabricantes de eixo recomendam utilizar, bem como as tendências.

Frota circulante de veículos comerciais

Tomando como referência o Relatório da Frota Circulante de 2016, publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças), temos hoje no Brasil cerca de 1,9 milhão de caminhões em operação.

Somando-se a este número cerca de 0,4 milhões de ônibus, chegamos a uma frota circulante em torno de 2,3 milhões de veículos comerciais. Ainda de acordo com o mesmo relatório, a idade média desses veículos gira em torno de 9,5 a 10 anos.

Outra informação interessante sobre frota circulante vem do estudo de mercado publicado pela GiPA do Brasil. Este levantamento aponta que os caminhoneiros autônomos e os frotistas com até 4 veículos representam mais de 60% do parque de caminhões no país.

Essas informações nos fazem compreender que o parque de veículos em operação sofreu uma intensa renovação na última década. Somado a isso, concluímos que uma parcela significativa desse parque tem um impacto muito grande sobre o patrimônio de pequenos negócios, sejam eles indivíduos autônomos ou pequenas empresas.

Nesse cenário, imagina-se que o interesse por uma boa manutenção seja alto, já que a parada de um veículo tem um custo considerável.

As marcas de veículos com maior participação na frota são Mercedes-Benz, Volkswagen/MAN, Ford, Volvo, Scania e Iveco. Suas respectivas montadoras ocupam cerca de 85% de participação na produção e nas vendas nacionais. No entanto, quando avançamos no nível da engenharia do sistema de eixo diferencial, observamos que a maior parte dos veículos é montada com equipamentos fornecidos por fabricantes independentes, como Meritor e Dana. O gráfico 1 ajuda a mapear a origem dos eixos por marca de veículo.

Esse fato traz uma informação importante no que diz respeito à lubrificação do eixo diferencial. Temos que considerar que esses fabricantes independentes têm suas especificações para o óleo lubrificante determinadas a partir do conhecimento sobre o melhor desempenho do eixo.

Sendo assim, suas especificações devem pelo menos determinar um padrão mínimo de desempenho requerido por esses equipamentos. Atualmente ambos os fabricantes determinam como requerimento mínimo fluidos com aprovação SAE J2360. Esta é uma especificação desenvolvida por um organismo da indústria que tem participação dos fabricantes de equipamentos, o Performance Review Institute (PRI).

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