Produção brasileira de automóveis
A Produção de automóveis e comerciais leves no Brasil cresceu 1,3% em 2023, acompanhando a tendência das vendas desses veículos que subiram 11,2% no período, de acordo com números apresentados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA. As exportações encolheram cerca de 16%, enquanto as importações aumentaram 29%.
O segmento de veículos pesados já não acompanhou essa tendência, tendo a produção de caminhões e ônibus caído 37,5%. Esse descompasso teve como causa principal a elevação dos custos de produção para o atendimento da etapa P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE, que se iniciou no início de 2023.
A produção total do país, incluindo todos os veículos, chegou a 2.325 unidades, ficando menor em 1,9%, com relação a 2022, com os veículos leves apresentando uma alta de 11,2% e 2.180 unidades produzidas.
Os emplacamentos totais de autoveículos em 2023 atingiram 2.309 unidades, com uma alta de 9,7% a mais do que no ano anterior, com um crescimento constante ao longo do ano. O mês de dezembro, por exemplo, apresentou perto de 12.400 unidades licenciadas por dia, sendo o melhor resultado dos últimos quatro anos. Esse bom resultado foi diretamente ligado às compras realizadas pelas locadoras de veículos, com 75.000 unidades, cerca de dois terços maior do que a média de 2022.
De acordo com a ANFAVEA, as promoções para vendas de veículos híbridos e elétricos antes da volta do imposto de importação, que ocorreu no início de 2024, impulsionaram o número de emplacamentos.
Com relação às exportações, o México ultrapassou a Argentina como principal comprador do Brasil, com 32% do total, o que foi um fato inédito na história da indústria automotiva brasileira. O mercado mexicano apresentou um crescimento de 24,4% no ano, com os produtos brasileiros alcançando perto de 8% do total.
Além do crescimento de 51% dos embarques para o México, somente o Uruguai apresentou aumento, algo em torno de 5%, comparado a 2022, tendo os outros mercados apresentado quedas, como o Chile com -57%, a Colômbia com -53% e a Argentina com -16%.