Lubrificantes sintéticos aquém do esperado
Lubrificantes sintéticos aquém do esperado – Estudo mostra que, no Brasil, quase 67% da frota nacional de automóveis têm idade inferior a 12 anos, sendo que 27% são ainda mais jovens, com menos de 7 anos. Dessa forma, seria de se esperar que, seguindo as recomendações principais dos fabricantes de veículos, o volume de óleos lubrificantes com baixa viscosidade e alto desempenho vendidos no país ultrapassasse os 60%, porém, o que se vê na realidade é que estamos longe desse patamar.
De acordo com informações dos produtores de óleos lubrificantes, cerca de 43% dos óleos vendidos no mercado brasileiro são semissintéticos de graus de viscosidade 10W40 e 15W40. E, ainda pior, 26% são óleos minerais com viscosidade 20W50, que não poderia passar dos 2% para atender a um pequeno número de veículos ainda existente.
Além dos automóveis, os veículos pesados de motores diesel seguem o mesmo caminho, sendo que as mais recentes classificações API CK-4 e CJ-4 para atendimento da frota atual, deveria representar algo em torno de 56% do mercado, não ultrapassam na realidade a 20%, e a classificação API CI-4, com 54% de vendas representa quase o dobro do que deveria ser, se fossem atendidos os requisitos principais dos fabricantes de veículos.
A ICONIC Lubrificantes, em seus estudos, lembra que a utilização desses óleos inadequados afeta diretamente o desempenho dos veículos, principalmente os mais novos, nos seguintes pontos principais:
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- Aumento das emissões de gases poluentes;
- Redução de desempenho e vida útil dos motores;
- Prejuízo da economia de combustível e emissões de CO2.
A literatura mostra que os lubrificantes são fundamentais na redução de emissões veiculares e os grandes investimentos que são feitos com foco em eficiência energética na cadeia automotiva, como os programas PROCONVE, Inovar Auto e ROTA 2030 ficam extremamente prejudicados com esse perfil de utilização do mercado.
Dessa forma, a Iconic reafirma que a conscientização e informação ao consumidor é crucial para promover escolhas corretas e mais sustentáveis e lembra ainda que os manuais dos veículos devem ser claros e precisos quanto ao uso do lubrificante correto e ressaltar ainda o impacto do uso de produtos não adequados.
As principais entidades do setor já estão se movimentando em torno de uma agenda positiva que englobaria Associação de Engenharia Automotiva (AEA), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP / ABD), Simepetro e Sindilub, buscando o engajamento das montadoras de veículos e demais stakeholders, buscando oportunidades de melhoria em comunicação e divulgação aos consumidores.