Funcionários pediram para Google suspender lançamento do Bard

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Lançamento do Google chatbot Bard

Lançamento do Google chatbot Bard

Lançamento do Google chatbot Bard Ao menos dois funcionários do Google que trabalham diretamente com inteligência artificial (IA) pediram, sem sucesso, que a companhia paralisasse o lançamento do seu chatbot Bard, baseado nessa tecnologia.

De acordo com uma reportagem do jornal The New York Times, os técnicos eram responsáveis por revisar produtos de IA da empresa e estariam preocupados com o serviço Bard, que estava gerando “comunicados imprecisos e perigosos”. O pedido foi formalmente realizado no mês passado.

Só que esse apelo não surtiu efeito: o Google lançou oficialmente a versão de testes do Bard no início de março de 2023, um mês após o anúncio, para competir diretamente com toda a comoção gerada pelo rival ChatGPT — que é desenvolvido pela OpenIA, mas com financiamento e uso direto da Microsoft.

Mais preocupações

Na apresentação de lançamento, o Bard foi criticado justamente por dar informações falsas e até fazer contas de forma incorreta. Em outro caso notado dias depois, tanto o Bard quanto o ChatGPT integrado ao buscador Bing caíram em uma informação falsa e a reproduziram como se fosse verdade.

Getty Images

Em defesa da plataforma, o CEO do Google, Sundai Pichai, afirma que “coisas vão dar errado” até que a IA esteja devidamente treinada e melhore mecanismos como os de formulação de respostas. Recentemente, o Bard já recebeu uma melhoria significativa para resolver problemas de lógica e cálculo, além de ser integrado ao Gmail e Docs para ajudar na composição de textos.

Por outro lado, um grupo de especialistas e entusiastas de tecnologia recentemente assinou uma carta pedindo pausas em pesquisas em IA, que representam um “risco para a humanidade”. Por preocupações com a privacidade de usuários, a Itália foi o primeiro país a suspender o uso do ChatGPT.