Lubrificantes PCMO
Muito se tem falado sobre a nova categoria ILSAC GF-6, mas a forma como as pessoas enxergam os veículos de combustão interna (ICE) vem sofrendo uma mudança permanente, que deve ser refletida em todas as futuras especificações.
As projeções do aquecimento global e a direta relação com as emissões de CO2 têm provocado na maioria dos países, incluindo o Brasil, mudanças nas legislações e têm imposto desafiadoras metas de aumento de eficiência energética para todas as montadoras de veículos. Por isso, passou a ser uma necessidade a introdução de novas tecnologias, como, por exemplo:
- TGDI: Associação de turbo com injeção direta de gasolina
- CD: Desativação de cilindro
- Veículos híbridos
- CVT: Transmissão continuamente variável
O objetivo de melhorar a eficiência energética é global, assim como a maioria das soluções apresentadas pelas montadoras A abrangência mundial se intensifica ainda mais pela tendência de utilização de plataformas globais para produção de veículos.
Podemos citar o exemplo do Brasil, que, para atender às necessidades de eficiência energética, imposta pelo Inovar-Auto, introduziu algumas dessas tecnologias. A venda de novos veículos que possuam turbo e/ou injeção direta foi na casa de 18% em 2019. Imagina-se que, para o programa Rota 2030, a penetração seja ainda maior.
Nesse cenário, o lubrificante precisa cumprir dois importantes papéis:
- Habilitador, ou seja, manter o funcionamento ideal do equipamento.
- O conceito de “total cost of ownership” ou “custo total de propriedade” é cada vez mais importante. Ou seja, o lubrificante precisa ajudar a manter a durabilidade do equipamento por mais tempo.
- Promotor, por melhorar diretamente a eficiência energética (incluindo redução do consumo de lubrificantes) com a diminuição da fricção.
- Introdução de viscosidades mais baixas como 0W20/0W16 sem prejuízo ao conceito anterior.
Exemplo de novas tecnologias e seus impactos nos lubrificantes – TGDI
A introdução do turbo, em associação com injeção direta de gasolina, torna a combustão mais eficiente, aumenta a potência do motor, e, com isso, pode-se fazer um motor pequeno responder como grande. Como se observa no gráfico abaixo, esta é uma excelente solução de curto/médio prazo para os objetivos de eficiência energética.
Neste caso, é possível observar um aumento direto na densidade de potência à qual o lubrificante está submetido. Naturalmente há uma preocupação com a durabilidade do equipamento, impulsionando os OEMs tanto a buscar atualizações das suas normas como as da indústria. Para exemplificar, podemos observar a atualização da norma BMW com a remoção do teste N52 e substituição pelo N20, como exposto na figura nº 1.:
BMW N20 promove um aumento direto de 45% na potência específica e é mandatório para novas aprovações BMW LongLife. Lubrificantes para esta aplicação precisaram provar maior capaciade antioxidante e de limpeza.
Leia o restante do artigo na revista LUBES EM FOCO – edição 77, apresentada abaixo: