Consumo de serviços online
O coronavírus tem transformado a vida da maioria população em todo o mundo, sobretudo devido à necessidade de isolamento físico para evitar a disseminação da doença. E, com o consequente aumento do tempo em casa, elevou-se o consumo de serviços online como ferramenta de trabalho e/ou entretenimento. Essa mudança quase inevitável de comportamento gera a seguinte preocupação: a internet pode parar de funcionar diante de uma forte sobrecarga?
Alguns especialistas consultados pelo site norte-americano HowStuffWorks consideraram isso possível, porém improvável. “Nada, incluindo a internet, é invulnerável à sobrecarga. Mas ela possui uma enorme quantidade de redundância e backup em seus sistemas”, disse ao veículo Paul Levinson, professor de comunicações e estudos de mídia da Fordham University.
Mais pessoas em casa e usando vários serviços online ao mesmo tempo impacta na velocidade da internet.Fonte: Unsplash
O entrevistado ainda destacou a existência de um certo número de trabalhadores que já utilizavam a internet para realizar suas atividades, assim, isso não impactaria tanto o sistema.
Já Luke Deryckx, diretor de tecnologia da Ookla, serviço de análise e métrica digital, apontou haver algum impacto quanto ao aumento de usuários finais conectados a uma mesma rede Wi-Fi, por um período ainda maior. A empresa na qual ele atua detectou, por exemplo, níveis de desaceleração na velocidade no início de março, especificamente nos estados da Califórnia e Nova York, locais altamente atingidos pela covid-19.
Para manter suas operações, algumas companhias e plataformas reduziram a qualidade de entrega de entrega de conteúdo neste período de pandemia, como a Netflix fez inclusive no Brasil. Outras também apresentaram certa instabilidade no país, em especial as de telefonia, internet, TV e videoconferência. Veja as mais atingidas nesta semana:
Ranking desta semana mostra que operadoras e serviços online são mais afetados no BrasilFonte: Downdetector
Apesar disso, Luke Deryckx ressaltou que a mudança de comportamento dos usuários globais não deve gerar transtornos massivos. Ele ainda pontuou que “as redes estão se sustentando”, mesmo com momentos de instabilidade.