Como um carro autônomo vê o caminho
Estatisticamente, a parte menos confiável de um carro é… o condutor. Chris Urmson lidera o projeto de carro sem condutor da Google, um dos vários esforços para remover os humanos do lugar do condutor. Chris fala sobre em que fase o seu projeto se encontra, e partilha filmagens fascinantes que mostram como o carro vê a estrada e toma decisões autónomas sobre o que fazer a seguir.
Em 1885, Karl Benz inventou o automóvel. Mais tarde, nesse ano, testou-o publicamente e bateu contra um muro! Desde há 130 anos, que trabalhamos nessa parte menos fiável do carro, o condutor. Tornamos os carros mais fortes. Colocamos cintos de segurança, “airbags”, e na última década, tentamos tornar o carro mais inteligente para resolver esse problema, o condutor.
Neste vídeo ele explica sobre a diferença entre diminuir esse problema com sistemas de assistência ao condutor e ter carros totalmente autônomos e o que eles podem fazer pelo mundo. Expõe também do nosso carro da Google e como ele enxerga o mundo, como reage e o que faz, mas primeiro, vou falar um pouco sobre o problema.
O Problema
Morrem 1,2 milhões de pessoas por ano nas estradas do mundo inteiro. Só nos EUA, morrem 33.000 pessoas por ano. Para pôr isso em perspetiva, é o mesmo que um Boeing 737 cair do céu todos os dias úteis. É quase inacreditável. Os carros são-nos vendidos assim, mas, na verdade, conduzir é assim. Não há sol e chove, e queremos fazer tudo menos dirigir. O motivo para isso é: O trânsito tem piorado muito. Nos EUA, entre 1990 e 2010, a distância percorrida por veículos aumentou em 38%. Aumentamos em 6% o número de estradas, por isso não e só na nossa mente. O trânsito está realmente pior do que era há não muito tempo. Tudo isto tem um alto custo para a humanidade. Se pegarmos o tempo médio de viagem nos EUA, que é de cerca de 50 minutos, e multiplicarmos isso pelos 120 milhões de trabalhadores que temos, obtemos cerca de seis mil milhões de minutos desperdiçados em viagem todos os dias. É um grande número, vamos colocá-lo em perspetiva. Se pegamos os seis mil milhões de minutos e o dividimos pela esperança média de vida de uma pessoa, resulta em 162 vidas gastas todos os dias, desperdiçadas, apenas para ir de do ponto A ao ponto B. É inacreditável.
Então este é um problema que deve ser solucionado!
Vamos então entender como o carro do Google enxerga o mundo ao redor dele.