Dados recém publicados pela Factor-Kline, empresa de consultoria e inteligência de mercado , registram que o mercado brasileiro de lubrificantes acabados fechou 2017 com vendas da ordem de R$8,1 bilhões – base fábrica sem impostos – representando cerca de 2,5% do mercado global em valor. Estima-se que esse valor seja mais de duas vezes ( 2.2 a 2.5xs) superior, se medido na ponta de consumo.
Em volume, o Brasil tem uma participação de 3% do mercado global. Essa menor participação do Brasil em valor se dá principalmente pelos baixos preços praticados no país. Mesmo olhando para o quintal de casa, o mercado brasileiro apresenta um preço médio inferior à de outros mercados relevantes da região , como Argentina, Colômbia, Chile e Peru, apesar do perfil dos produtos aqui vendidos serem mais avançados (menor viscosidade /maior prevalência de sintéticos/semi-sintéticos) do que na maioria desses países.
Na visão da Factor-Kline o mercado brasileiro passará por uma mudança estrutural importante nos próximos 10 anos, com um crescimento maior em valor do que em volume – estima-se um CAGR de 1,9% para o mercado em volume e de 2,5% para o mercado em valor.
Essa mudança se dará basicamente por participação crescente de produtos de alto desempenho ( e maiores preços relativos)– por demanda técnica e ampla oferta e menores preços de óleos básicos de maior qualidade, e consolidação do mercado ofertante .
Apesar do baixo crescimento volumétrico, a consultoria projeta que, em 2040, o Brasil será o terceiro maior mercado do mundo, em volume, no segmento de óleos para motores de veículos de passeio, que é justamente o segmento de mercado de maior valor do negócio de lubrificantes.
Essa projeção é dada, principalmente, pela baixa penetração projetada para os veículos elétricos no Brasil , contrariamente ao que se espera para países que hoje se colocam a frente do Brasil no ranking de vendas de lubrificantes para veículos leves.