A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis – ACEA está trabalhando para concluir uma atualização de seus padrões de óleos para motores automotivos, até o final deste ano. Sendo a primeira atualização, desde 2016, as sequências de teste da ACEA-2018 prometem novos testes e substituição de outros, categorias adicionais de serviços leves e a possível eliminação de categorias mais antigas.
Alguns dos novos testes são emprestados de outras geografias, tais como o teste de desgaste Toyota VVT da Sequência IVB, desenvolvido para o ILSAC GF-6, a próxima atualização de especificação de veículos de passageiros, na América do Norte. A Sequência IVB foi adotada na GF-6, este mês, apesar das críticas de que ela não distingue adequadamente os óleos que fornecem o nível desejado de proteção antidesgaste dos que não fornecem.
Os representantes do fabricantes de veículos, membros do ILSAC, o Comitê Internacional de Padronização e Aprovação de Lubrificantes, disseram que o grupo que está desenvolvendo o teste trabalhará para acertá-lo antes do lançamento do GF-6, que deve acontecer no segundo trimestre de 2020.
Os representantes da ACEA recusaram-se a comentar o estado da Sequência IVB, ou mesmo a dizer se estão preocupados em torna-la parte das sequências da ACEA.
O teste LSPI da Ford também foi inicialmente desenvolvido para a América do Norte, e foi incluído em uma categoria suplementar, apressadamente apresentada este mês, a API SN-plus. Este teste é projetado para ajudar a proteger os motores turboalimentados contra a pré-ignição de baixa velocidade, uma condição que pode causar uma batida de pino do motor e, em alguns casos, danos significativos ao motor.
A ACEA também adicionará o teste Toyota TCC e o teste Ford de desgaste de corrente. Além disso, está considerando a inclusão de testes de motor em dinamômetro, desenvolvidos pelo ILSAC ou pela JASO (Japanese Standards Organization), para medir a contribuição do óleo do motor para a economia de combustível. O teste do ILSAC pode ser usado para óleos tão leves quanto o XW-16, enquanto o JASO é tão baixo quanto o XW-8.
No lado de óleos pesados, a ACEA está planejando mais subcategorias para seu conjunto de classes de sequências de óleo, como E8 E E11, que substituirão E6 Plus e E9 Plus, respectivamente. Durante uma apresentação, em 17 de abril no Uniti Mineral Oil Technology Forum, em Stuttgart, Alemanha, o diretor de emissões e combustíveis da ACEA, Paul Greening, indicou que as novas categorias foram criadas a pedido da Volvo e da Caterpillar, para testar o desempenho adicional necessário em seus novos motores.
Greening também disse que a ACEA pretende formar uma nova categoria F para óleos de motores Diesel para serviço pesado, começando com F8 e F11. As substituições para as subcategorias E8 plus e E11 mais F8 E F11 oferecem benefícios em economia de combustível por meio de baixas viscosidades HT/HS, entre 3,2 cp e 2,9 cp. A esse respeito, as novas categorias espelham a especificação da indústria de dezembro de 2016, API FA-4.
A liberação das categorias F8 E F11 e das subcategorias E8 e E11 depende da finalização de testes de baixo desgaste, que medem o desgaste na ausência de fuligem, uma proteção contra óleos que não protegem os componentes devido a uma viscosidade muito baixa. Se os testes estiverem prontos até o final deste ano ou no início de 2019, E8 / E11 E F8 / F11 serão lançados simultaneamente. No entanto, se os testes de baixa fuligem não estiverem prontos, a ACEA só lançará o E8 / E11 até o final do ano de 2018, e atrasará a liberação do F8 / F11, até que os testes estejam prontos.
Planos da ACEA para sequências futuras
O lançamento de novas categorias e subcategorias é reflexo de uma tendência para uma maior fragmentação do mercado de óleo de motor. Isto também é evidenciado pelos planos da ACEA para sequências futuras, que incluem a divisão das sequências para motores a diesel e a gasolina para veículos ligeiros.
Outras propostas para a sequência futura, provisoriamente planejada para 2020, incluem um teste de corrosão com ênfase no impacto da tecnologia start-stop nos motores de veículos híbridos. Finalmente, disse Greening, a ACEA examinará os testes de condutividade térmica e elétrica.