Dois dias após falha, Replan está com parte da produção parada

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Refinaria de Paulínia

Dois dias após a falha operacional na Refinaria de Paulínia (Replan), a Petrobras ainda não normalizou o processo produtivo na unidade do interior paulista, segundo a empresa, por medidas de segurança.

Na quarta-feira (1º), o sistema de ar comprimido entrou em falha, mas já opera, de acordo com a petrolífera. A empresa nega risco de desabastecimento do mercado ou risco aos petroleiros. Informou também que ninguém se feriu ou teve equipamentos danificados.

A Companhia de Saneamento Ambiental está investigando o caso, mas nenhuma punição havia sido imposta até esta sexta-feira (2), segundo informou a Petrobras.

Paralisação

O diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro) Gustavo Marsaioli disse que devido à falha no sistema de ar comprimido, a produção não é retomada imediatamente até conseguirem cem por cento de certeza de segurança e sem riscos de vazamentos nas linhas de produção, o que colocaria os petroleiros em risco.

Mas o diretor sindical alertou sobre a possibilidade de uma paralisação, caso os funcionários acreditem que correm risco. “Pode ser que a qualquer momento podemos cortar um dos turnos”, pontua Marsaioli.

De acordo com ele, em votação os funcionários aprovaram a paralisação, caso a segurança de todos esteja em risco.

O caso

Uma pane na área das caldeiras provocou a saída de fumaça da Refinaria de Paulínia (Replan), na tarde desta quarta-feira (1), de acordo com o sindicato que representa os petroleiros (Sindipetro). O problema mobilizou o Corpo de Bombeiros e não houve registro de feridos.

A refinaria de Paulínia ( Replan )

A Refinaria de Paulínia é a maior, segundo a Petrobras, em capacidade de processamento de petróleo. São 66 mil metros cúbicos por dia, o que equivale a 415 mil barris. Ainda segundo a empresa, a produção no interior paulista corresponde a 20% de todo o refino de petróleo no Brasil.