América Latina
SÃO PAULO (Reuters) – A economia brasileira vai crescer mais do que o esperado em 2017 e em 2018, mas ainda assim vai ficar bem aquém da média dos países da América Latina e do Caribe, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira.
O FMI projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano deve avançar 0,7 por cento, bem menos do que o 1,2 por cento esperado para a América Latina toda, segundo o documento “Perspectiva Econômica Global”. Para 2018, a estimativa é de que o Brasil tenha expansão de 1,5 por cento e a região, de 1,9 por cento.
FMI aumentou a expectativa para o PIB brasileiro
Na comparação com as contas feitas em julho, o FMI aumentou a expectativa para o PIB brasileiro em 0,4 e 0,2 ponto percentual para 2017 e 2018, respectivamente. Neste ano, a melhora veio pelo bom desempenho da safra agrícola recorde e pela melhora do consumo.
Quando comparado com os dados divulgados em abril, a projeção de agora do FMI para a expansão do PIB em 2017 foi 0,5 ponto percentual maior e, para 2018, 0,2 ponto menor.
Restauração da confiança
“A gradual restauração da confiança, assim que as principais reformas que garantem a sustentabilidade fiscal forem implementadas ao longo do tempo, vão elevar o crescimento econômico a 2 por cento a médio prazo”, informou o FMI em relatório.
A previsão do FMI para o desempenho do PIB neste ano está bastante próxima da leitura feita por bancos e consultorias, mas a expectativa para o ano que vem é mais pessimista. No relatório Focus do Banco Central, que ouve uma centena de analistas todas as semanas, a projeção é de crescimento de 0,7 por cento para este ano e de 2,43 por cento em 2018.
Comparação com o desempenho dos países emergentes
Na comparação com o desempenho dos países emergentes, o resultado do Brasil será ainda mais pífio. O FMI projeta crescimento de 4,6 por cento em 2017 para esse grupo e de 4,9 por cento em 2018.
Já a economia global como um todo, ainda segundo as contas do FMI, deve crescer 3,6 e 3,7 por cento em 2017 e 2018, respectivamente. Em ambos os casos, as contas vieram agora 0,1 ponto percentual maiores do que o levantamento de julho passado.