Mais de 40 contêineres de resíduos de cana-de-açúcar, transportados do Brasil, foram convertidos em etanol celulósico na planta pré-comercial da Clariant na Alemanha. O rendimento geral dos testes de desempenho alcançou até 300 litros por tonelada de matéria-prima. O custo total por litro de etanol celulósico é competitivo em relação ao preço atual do etanol de cana-de-açúcar no Brasil.
A Clariant, uma das empresas líderes mundiais em especialidades químicas, realizou testes com mais de 40 contêineres de bagaço de cana provenientes do Brasil, nas instalações de sua planta piloto pré-comercial localizada em Straubing, Alemanha, a fim de obter uma rigorosa validação técnica e econômica da tecnologia sunliquid®. Com os testes, a Clariant confirmou mais uma vez que o custo total por litro de etanol celulósico, incluindo matéria-prima, conversão e depreciação, usando a tecnologia sunliquid® pode alcançar um preço competitivo em relação ao etanol de cana-de-açúcar no Brasil.
“A produção de enzimas na própria planta, de forma integrada ao processo e usando enzimas específicas para resíduos de cana-de-açúcar, traz vantagens competitivas e permite que a nossa tecnologia sunliquid® ofereça alta produtividade e benefícios econômicos em termos de despesas operacionais para a produção de etanol celulósico”, enfatiza o Dr. Markus Rarbach, Diretor de Biofuels & Derivatives da Clariant. “Além disso, o avançado desempenho das nossas enzimas otimizadas nos permite usar um pré-tratamento altamente estável, mecanicamente simples, sem produtos químicos, com base em equipamentos comercialmente comprovados. A validação do processo na prática sempre foi o princípio fundamental do desenvolvimento da nossa tecnologia sunliquid® e, com essa metodologia, não poderíamos ter tido mais sucesso. Nossa filosofia sempre foi buscar a simplicidade”, conclui Rarbach.
Os testes de desempenho na planta pré-comercial, em Straubing, foram realizados utilizando diversas variações de composição (a granel e por fardo), com o processamento de diferentes quantidades de palha e bagaço de cana. Alcançou-se um rendimento de até 300 litros de etanol por tonelada de bagaço seco, que foi validado durante os diversos testes de desempenho. Os ensaios com resíduos de cana-de-açúcar são um importante passo para a realização de um projeto em escala comercial utilizando esses resíduos.
Além do excelente rendimento na conversão de açúcares C5 e C6 em etanol celulósico, a Clariant conseguiu demonstrar sua excelente estabilidade e performance de fermentação. Uma parte do etanol utilizado nos testes de desempenho foi enviada ao Brasil e usada em uma aplicação comercial. Os detalhes serão anunciados em breve.
A planta pré-comercial da Clariant também fez uma demonstração da produção de etanol celulósico à base de resíduos agrícolas, como palha de cereal e resíduo de espiga de milho, para os mercados europeu e norte-americano. No ano passado, a Clariant anunciou a inauguração do seu novo centro de P&D em Planegg, cidade próxima a Munique, demonstrando o forte compromisso da empresa com a aplicação da biotecnologia no desenvolvimento de processos e produtos sustentáveis de origem biológica no segmento de biocombustíveis e produtos químicos. Mais recentemente, a tecnologia sunliquid® foi vencedora do Prêmio Inovação 2015 para Clima e Meio Ambiente, na Alemanha.
Clariant participa da 12ª edição do F.O. Licht’s Sugar & Ethanol Brazil
A tecnologia sunliquid® será tema de palestra durante o evento, que conta com patrocínio da Clariant e acontecerá entre os dias 25 e 27 de abril, no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Martin Mitchell, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Clariant para Américas, em sua apresentação, agendada para 27 de abril, às 12h10, abordará os resultados dos testes realizados com resíduos de cana-de-açúcar na planta pré-comercial da Clariant em Straubing, Alemanha.