Acionistas da BR Distribuidora
SÃO PAULO (Reuters) – Os acionistas da BR Distribuidora, subsidiária de distribuição de combustíveis da Petrobras, aprovaram em assembleia uma reestruturação societária e a reforma do estatuto da companhia, prevendo adesão ao segmento de listagem Novo Mercado da bolsa B3, disse a petroleira nesta terça-feira.
O atendimento ao regulamento do Novo Mercado pela BR fica condicionado à concretização dos planos para abertura de capital da companhia. A Petrobras tem trabalhado com a meta de realizar a oferta inicial da BR Distribuidora na bolsa até 1° de dezembro.
A reestruturação aprovada envolve a injeção de 6,3 bilhões de reais
Já a reestruturação aprovada envolve a injeção de 6,3 bilhões de reais pela Petrobras na BR, em troca da cisão parcial dos recebíveis junto ao sistema Eletrobras e outras sociedades do sistema Petrobras, no mesmo montante.
A operação, anunciada no final de agosto, tem como objetivo separar da BR que terá o capital aberto principalmente os recebíveis junto à Eletrobras, que têm sido alvo de atrasos em pagamentos e renegociações nos últimos anos.
BR utilizou os recursos do aporte de capital
Segundo a Petrobras, a BR utilizou os recursos do aporte de capital para liquidar antecipadamente, em 31 de agosto, dívidas de 4,5 bilhões de reais junto ao Banco do Brasil e de 3 bilhões de reais junto ao banco Bradesco.
A Petrobras era a garantidora de ambas as operações.
“Concomitantemente, a Petrobras contratou junto aos citados bancos novas linhas de crédito com as mesmas condições de valor, prazo e custo originalmente pactuadas pela BR. Assim, essas novas captações não apresentam impactos no endividamento líquido consolidado da Petrobras, nem no seu perfil”, disse a companhia.
O que ainda falta
A petroleira ressaltou ainda que a concretização da abertura de capital da BR está “ainda sujeita a aprovações internas e da Comissão de Valores Mobiliários e de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”.