Às 12:03, o dólar avançava 0,40 por cento, a 3,1080 reais na venda, depois de ceder 3,14 por cento em seis pregões. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,35 por cento.
O movimento de busca de proteção se estendia pelos mercados financeiros internacionais nesta sessão após notícias de que Trump pediu ao ex-chefe do FBI James Comey para encerrar a investigação da agência sobre os laços entre o antigo conselheiro da segurança da Casa Branca Michael Flynn e a Rússia.
Além disso, ele foi acusado de ter passado informações confidenciais à Rússia.
“Trump perde poder de fogo nas negociações com o Congresso”, afirmou o economista da corretora Guide Ignácio Crespo Rey.
No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas, mas subia ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.
O lado doméstico estava em segundo plano nesta sessão, embora o mercado continuasse entusiasmado com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência.
“As notícias recentes têm sido mais positivas, o governo está avançando nas negociações, o presidente (Michel) Temer tem bom diálogo com o Congresso e vem concedendo medidas”, afirmou Crespo Rey.
Alta do Dólar: reforma tem seu peso
Na avaliação de alguns profissionais, no entanto, é importante o governo não ceder mais na reforma, para não desfigurar totalmente o texto e azedar os ânimos dos investidores. Na véspera, o governo assinou medida provisória com concessões aos débitos dos municípios e Estados com o INSS.
“Localmente, as concessões do governo para garantir a votação da Previdência… começam a surtir efeitos positivos para a aprovação da reforma, mas suscita críticas mais pesadas da equipe econômica e de aliados do governo”, trouxe a corretora Infinity em relatório.
O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais -equivalentes à venda futura de dólares– para rolar os contratos que vencem em junho, que totalizam 4,435 bilhões de dólares. Ao todo, já foram rolados cerca de 800 milhões de dólares.