Terceirização da produção é foco de ações da ANP

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Diogo Valerio – Superintendente da SDL / ANP

Terceirização da produção de lubrificantes

A terceirização de produção de lubrificantes, assim como a consolidação regulatória e orientações sobre o novo Sistema de Movimentação de Produtos – SIMP, foram temas abordados pelo Superintendente de Distribuição e Logística da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, Diogo Valério, em palestra realizada no 14º Encontro Internacional com o Mercado – América do Sul, no dia 2 de julho de 2024.

Nova tabela para o SIMP

O Superintendente da SDL lembrou que outubro de 2024 será o primeiro mês em que as informações dadas ao SIMP deverão ser feitas utilizando a nova tabela de produtos, muito mais enxuta. Após a divulgação da nova tabela, a ANP publicará um manual explicando como devem ser feitas as alterações necessárias.

“A partir do envio do SIMP-ANP de outubro de 2024, a ser realizado em novembro de 2024, os agentes regulados, principalmente produtores, agentes de comércio exterior, rerrefinadores e coletores, já informarão suas operações com os novos códigos”, lembrou Diogo Valério.

A ideia de se iniciar em outubro é para não interferir na apuração do cumprimento de metas referentes à logística reversa de lubrificantes e evitar problemas de informação que pudessem impactar o adimplemento das metas pelas empresas.

Consolidação regulatória na SDL

Diogo confirmou a entrada em vigor no dia 10 de abril de 2024 das novas resoluções que consolidaram as atividades de Produção de Óleo Lubrificante acabado, Rerrefino de OLUC, Coleta de OLUC e do Comércio Exterior de Biocombustíveis, Petróleo e seus derivados e Derivados de Gás Natural.

Terceirização de produção: revogações e investigações adicionais

O artigo 5º da Resolução ANP 941/2023 permite a outorga de Autorização para Exercício de Atividade através da apresentação de contrato de produção Terceirizada, desde que cumpridos os demais requisitos.  Entretanto, desde outubro de 2022, a ANP vem intensificando a fiscalização no setor de lubrificantes, ocasionando a emissão de 65 autos de infração até o mês de abril de 2024.

Em julho de 2023, foram notificadas duas empresas que concentravam 30 contratos de terceirização. A documentação solicitada inclui contratos de produção vigentes no período de janeiro a julho de 2023 e relatórios de produção para terceirizadores, contemplando a quantidade produzida para cada um dos contratos vigentes.

terceirização de produção
Diogo Valerio

“Este ano, somente até 10 de junho, foram apreendidos mais de 122 mil litros de lubrificantes, sendo 98 mil de óleo acabado e 24 mil de óleo usado ou contaminado (OLUC) em 75 estabelecimentos, com interdição em 5 deles”, comentou Diogo.

 

 

Um novo modelo de autorização para terceirização de produção

Em sua apresentação, Diogo Valerio mostrou que o novo modelo de autorização da ANP para terceirização de produção inclui o nome da empresa contratada para fabricação e a capacidade de produção mensal contratada. A nova sistemática de análises – CRAT/SDL (em aperfeiçoamento) para autorização de produção em terceiros inclui:

  • Cópia do contrato de produção de óleo lubrificante acabado firmado entre as partes – deve discriminar o tipo de óleo lubrificante acabado a ser produzido e o respectivo volume mensal.
  • Memorial descritivo evidenciando exclusivamente a capacidade nominal mensal de produção de óleo lubrificante acabado atualizada, acompanhada de documentação técnica de engenharia que comprove os valores apresentados.
  • Licença de Operação (LO) Ambiental expedida pelo órgão ambiental estadual competente, em nome da interessada, dentro do prazo de validade, no endereço da instalação e discriminando a capacidade produtiva.
  • Relação dos contratos de terceirização de produção de lubrificantes acabados atualmente vigentes, com os respectivos volumes mensais contratados.

Com essas medidas a ANP espera melhorar cada vez mais não só a qualidade dos dados informados como também aumentar a moralização do mercado de lubrificantes.