BorgWarner planeja montar baterias no Brasil

Empresa enxerga crescimento da eletrificação em veículos comerciais, em especial de ônibus

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Baterias para elétricos no Brasil
Arnaldo Iezzi Jr., vice-presidente e gerente geral da BorgWarner PowerDrive Systems

Baterias para elétricos no Brasil

Baterias para elétricos no Brasil – A o menos uma das rotas tecnológicas para a mobilidade a ser adotada pelo País já está no radar da BorgWarner. Independentemente das diversas soluções para a realidade brasileira, a tendência de eletrificação do ônibus se mostra mais visível para empresa. Para a atender a futura demanda, a empresa estuda localizar montagem de baterias no Brasil.

Arnaldo Iezzi Jr., vice-presidente e gerente geral da BorgWarner PowerDrive Systems na Europa, trabalha com uma estimativa de expansão de 400% nas vendas de veículos comerciais elétricos nos próximos cinco anos a partir do cenário atual.

“Ônibus deverá protagonizar a maior participação no crescimento. Adianto que temos um contrato global de fornecimento de baterias para uma montadora do segmento que também atua no Brasil”, resume Iezzi em entrevista on-line.

O executivo estima período de três a quatro anos para iniciar a operação, desenhada, incialmente, com a importação das células e a montagem da bateria e do sistema de gerenciamento por aqui. ‘Até lá, busca-se novos negócios com objetivo de garantir volumes para otimizar custos.”

Iezzi ainda lembra que o País é o quarto maior mercado de veículos comerciais do mundo e com imenso potencial de produzir células de baterias. “O Brasil tem recursos naturais abundantes das matérias-primas essenciais para a produção de baterias, como lítio e níquel, o que torna oportuno para atrair investimento.”

Presente no IAA Transportation 2022, a BorgWarner expôs suas mais recentes soluções para indústria automotiva. Dentre os destaques a empresa desenvolveu módulos de baterias planos com até 12 cm de espessura. O componente pode ser aplicado um sobre o outro e providenciar de 350V a 750V e carga de energia útil de 40 kWh. O desenvolvimento visa atender o segmento de comerciais leves e ônibus.