Funcionários terão que dormir em fábrica da Tesla em Xangai

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Tesla em Xangai
Tesla em Xangai

Preparando-se para retomar as operações em Xangai, depois que as autoridades sanitárias chinesas determinaram um lockdown após um surto de covid-19 na cidade, a Tesla adotou uma política de pessoal que poderia ser classificada de “gigarrestritiva”: os seus trabalhadores não poderão voltar para casa, permanecendo nas instalações da fábrica.

De acordo com um memorando interno divulgado na segunda-feira (18) pela Bloomberg, o chamado “sistema de circuito fechado” determinado pela direção da empresa irá fornecer a cada empregado um saco de dormir e um colchão. Como não há dormitórios no local, os funcionários ficarão literalmente no chão da fábrica. No entanto, a indústria informa que irá concluir a construção de espaços para banho, entretenimento e uma área para refeições.

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Além disso, para evitar o risco de disseminação da covid-19, a Tesla promete seguir os protocolos de segurança e determinará que seus empregados façam um teste de PCR diário (durante os primeiros três dias), afiram a temperatura duas vezes por dia e lavem as mãos quatro vezes por dia. Como forma de “compensação”, a empresa pagará um incentivo diário de até 400 yuans (R$ 290), conforme a função exercida.

Tesla quer recuperar o “tempo perdido”

De acordo com o jornal South China Morning Star, as empresas que decidirem retomar suas produções serão obrigadas a enviar seus planos detalhados sobre as regras para impedir a propagação do coronavírus que, de acordo com a publicação, causou três óbitos e tem apresentado “dezenas de milhares de casos” de novas infecções diárias na populosa cidade.

Como a gigafábrica da Tesla em Xangai produz cerca de dois mil carros elétricos por dia, a empresa pode ter perdido cerca de 40 mil unidades desde o início dos bloqueios. Com a adoção do tal sistema de circuito fechado, a companhia de Austin espera recuperar o atraso, determinando, segundo a Bloomberg, que seus funcionários trabalhem 12 horas por dia, seis dias por semana, até serem “liberados”, ironicamente, no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.